segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Vista minha pele


África


TV Nega - Sandra de Sá - Olhos coloridos






 


Leitura etnicorracial


Nome da Autora: Laura Lopes de Paiva
Nome do Coautor: Luci Portero Batilana Instituição:
Colégio Estadual Branca da Mota Fernandes
Município / Estado: Maringá-PR
Conteúdo: Leitura etnicorracial
Série: 5ª
Foi utilizado algum recurso do Portal? Não


Relato


Esta atividade “Lendo e descobrindo o mundo da diversidade” foi elaborada como requisito de avaliação final do Curso Gênero e Diversidade na Escola, oferecido pela Universidade Estadual de Ponta Grossa em fevereiro de 2010. Foi desenvolvida pelas professoras Laura Lopes de Paiva na quinta série do Colégio Branca da Mota Fernandes e Luci Portero Batilana na quinta série do Colégio Marco Antonio Pimenta. A atividade possibilitou um intercâmbio entre os dois colégios porque as professoras trabalham com as mesmas turmas em períodos diferentes. Considerando que no cotidiano do ambiente escolar as relações sociais visam mudanças de valores em favor da construção de uma sociedade livre de toda e qualquer discriminação que sempre foi marcada por uma grande complexidade entre os sujeitos envolvidos. Numa tentativa de compreender o homem na sua totalidade a comunidade escolar desenvolve periodicamente atividades que visam solucionar problemas advindos da diversidade cultural, valorizando seu papel no contexto de cidadania. O tema é abordado sempre que surge no meio ambiente escolar, na medida em que vêm à tona as diferenças, contextualizando na contemporaneidade, no resgate da função político-social em denunciar as mazelas da sociedade e humanizar seus membros. Além de fazer as intervenções quando surge caso de enfrentamento ao preconceito, discriminação e exclusão motivados pela identidade de gênero e orientação sexual na comunidade escolar sejam entre estudantes e educadores no momento em que se fizer necessário. Por ser muito abrangente a população escolar ela contempla inúmeras diversidades tais como hábitos, costumes, comportamentos, crenças e valores, alteridade, invisibilidade dos sujeitos, preconceito racial, social, homofobia suscitando com que se tenha uma intervenção mais clara, objetiva imediata. Para tanto faz se uso de palestras, vídeos, música, leitura de artigos jornalísticos, estudo de casos e debates, discussões, reflexões, enfim instrumentalizar-nos


para transformar nossa prática pedagógica no intuito de desconstruir uma “verdade” e construí-la, conforme os pressupostos estabelecidos de gênero e diversidade na escola. E também, o acompanhamento na realização das atividades de leitura, produção textual e oralidade, segundo a temática abordada. Em relação ao Dia da Consciência Negra, são desenvolvidas diversas atividades tais como: pesquisa bibliográfica, leitura e dramatização de poemas, contos, jornal falado, jogral, a fim de esclarecer a história do Dia da Consciência Negra, como cultura afro-brasileira, a importância da data, e também, quem foi Zumbi dos Palmares e o porquê de ser considerado um herói brasileiro com a finalidade de educar os estudantes para o respeito e a valorização da diversidade com o devido respeito.


Objetivos pretendidos com a atividade proposta:


• Analisar a dimensão que os estereótipos raciais têm na configuração do preconceito e da discriminação;


• Ampliar o olhar sobre a riqueza da diversidade do Brasil a partir do ambiente escolar;


• Estudar as várias correlações entre gênero e sexualidade, gênero e orientação sexual, gênero e etnia, gênero e relações raciais, e ainda, refletir o quanto a diferença e a diversidade podem servir para distinguir os grupos, para separar, para discriminar ou segregar;

• Preparar os alunos para o enfrentamento das diversidades.


Justificativa e referencial teórico:

As relações étnico-raciais e o ensino da história e cultura afro-brasileira são incontestáveis, pois permeiam todas as ações humanas sejam elas no ambiente familiar, social e escolar. Para tanto faz se necessário a implementação de políticas públicas que objetivam uma educação de qualidade para todos e todas.

O papel da escola é de formação e desenvolvimento de cidadãos/cidadãs reconhecendo a influência da história e cultura afro em relação à cultura brasileira. Dando-lhe o valor merecido no contexto educacional, possibilitando o educando/ educanda a trilhar pelo caminho da cidadania de forma crítica dos condicionantes que determinam a situação que observamos atualmente no Brasil em relação aos afrodescendentes e o respeito ao outro/outra desconstruindo as diferenças e militando ações em prol de uma sociedade a ser construída de forma igualitária, homogênea com estereótipos que povoam a discriminação. É necessário o enfrentamento ao pensamento eurocêntrico, tal enfrentamento precisa ser feito diariamente na comunidade escolar, desconstruindo conceitos e paradigmas pré-concebidos. A instituição escolar é um espaço privilegiado de formação dos cidadãos e cidadãs, por isso, faz se necessário a contribuição da mesma em alterar esta discrepância histórica nacional, apresentadas pelas situações de exclusão e de invisibilidade às quais advêm desde a colonização Luzitana em relação a toda uma população de afrodescendentes e africanos. A construção dos ideais de justiça social e solidariedade já deveriam ser institucionalizadas recuperando as perdas culturais vividas pelas minorias raciais que lutam incansavelmente pelo o direito a uma visibilidade real que lhe é de direito, pois, preconceito, discriminação e desigualdade entrelaçam-se, são mecanismos que contribuem para produção e manutenção das desigualdades raciais e da estratificação social.
Portanto, é possível ver o início de uma pequena mudança com a implementação das cotas para negros no ensino superior. No que se refere à inclusão racial, os dados estatísticos, segundo a mídia, apontam que a mudança de perfil de aprovados é significativa e são as cotas raciais que garantem adversidade étnico-racial no perfil dos aprovados, refletindo também sobre a inclusão econômica. Pois a distribuição de renda em nosso país é desigual, as riquezas estão concentradas nas mãos de poucos, enquanto a maioria da população sobrevive de baixos salários. A partir do oferecimento das cotas para negros principia a justiça afinal devido às desigualdades sociais e econômicas as oportunidades para negros e brancos são bastante distintas. Assim, as cotas: racial e social aumentam a chance percentual de candidatos com renda familiar inferior, logo, deduz-se que a inclusão tanto racial quanto econômica confirmam as novas demandas específicas para construção de uma nova sociedade e que as cotas tornam o sistema universitário mais justo dentro de uma pluralidade racial e social.


Descrição da atividade (metodologia):


Foi selecionada a leitura de alguns paradidáticos na temática das Relações étnico-raciais.


Ação um: Apresentar aos alunos a riqueza da diversidade étnico-cultural brasileira, motivando-os a leitura dos paradidáticos: Pretinha, eu? Autor: Júlio Emílio Braz, e Menina Bonita do Laço de Fita, Autora: Ana Maria Machado e A cor da ternura Autora: Geni M. Guimarães.


Ação dois: Apresentação de vídeos referentes aos livros lidos e também do Poema Africano de (autor desconhecido).

Ação três: Audição da música: Racismo É Burrice de Gabriel Pensador.

Ação quatro: Discussão sobre a temática abordada na música desenhos interpretativos da letra.

Ação cinco: apresentação da fábula Galinha d’angola, autor: Rogério Andrade Barbosa.

Ação seis: apresentação do poema “Essa Nega Fulô” de Jorge de Lima.

Ação sete: apresentação da crônica: Albertine Disparue de Fernando Sabino (releitura do poema “Essa Nega Fulô” .


Ação oito: retomada da leitura: Menina bonita do laço de fita de Ana Maria Machado.


Ação nove: discussão e análise das personagens, identificação e caracterização da personagem central.

Ação dez: produção textual: biografia do autor e autobiografia.


Ação onze: retomada da leitura: A cor da ternura Autora: Geni M. Guimarães, intertextualizando-a com o livro Menina bonita do laço de fita de Ana Maria Machado.


Ação doze: intercâmbio entre as escolas com registro de depoimentos a respeito da leitura realizada do livro “A cor da ternura”.

Ação treze: confecção de cartaz ilustrando a cena preferida do livro “A cor da ternura”.

Ação quatorze: confecção de cartaz recriando a capa de um dos livros lidos.

Ação quinze: registro de imagens dos alunos envolvidos no projeto.

Ação dezesseis: criação de um blog com postam do projeto, registro de imagens dos alunos envolvidos e o resultado das avaliações do projeto.

Espaço físico onde deve ou pode ser realizada a atividade:

Sala de aula, biblioteca do colégio


Materiais necessários:

Livros, TV, pendrive, cd/DVDs/ lápis-de-cor, cartolina, tesoura, cola, papel sulfite, dobradura, papel camurça, xérox.

Meio de comunicação a ser utilizado, caso necessário:


Livros, TV, pendrive, cd/DVDs/ , mural, computador, câmera digital.

Tempo necessário à realização da atividade:


a) Para planejamento: 10 h/a

b) Para execução (cronograma)


Primeiro trimestre


Ação um: Apresentar aos alunos a riqueza da diversidade étnico-cultural brasileira, motivando-os a leitura dos paradidáticos: Pretinha, eu? Autor: Júlio Emílio Braz, e Menina Bonita do Laço de Fita, Autora: Ana Maria Machado e A cor da ternura Autora: Geni M. Guimarães.

Ação dois: Apresentação de vídeos referentes aos livros lidos e também do Poema Africano de (autor desconhecido).


Ação três: Audição da música: Racismo É Burrice de Gabriel Pensador.


Ação quatro: Discussão sobre a temática abordada na música desenhos interpretativos da letra.

Ação cinco: apresentação da fábula Galinha d’angola, autor: Rogério Andrade Barbosa.


Segundo trimestre


Ação seis: apresentação do poema “Essa Nega Fulô” de Jorge de Lima.


Ação sete: apresentação da crônica: Albertine Disparue de Fernando Sabino (releitura do poema “Essa Nega Fulô” .

Ação oito: retomada da leitura: Menina bonita do laço de fita de Ana Maria Machado.


Ação nove: discussão e análise das personagens, identificação e caracterização da personagem central.


Ação dez: produção textual: biografia do autor e autobiografia.

Terceiro trimestre

Ação onze: retomada da leitura: A cor da ternura Autora: Geni M. Guimarães, intertextualizando-a com o livro Menina bonita do laço de fita de Ana Maria Machado.

Ação doze: intercâmbio entre as escolas com registro de depoimentos a respeito da leitura realizada do livro “A cor da ternura”.

Ação treze: confecção de cartaz ilustrando a cena preferida do livro “A cor da ternura”.

Ação quatorze: confecção de cartaz recriando a capa de um dos livros lidos.

Ação quinze: registro de imagens dos alunos envolvidos no projeto.

Ação dezesseis: criação de um blog com postam do projeto, registro de imagens dos alunos envolvidos e o resultado das avaliações do projeto.

Descrição das/dos participantes/parcerias:


Alunos de quintas séries de ambos os sexos, equipe pedagógica da escola, equipe do GDE do NRE, intercâmbio entre as escolas Branca da Mota Fernandes e Marco Antonio Pimenta envolvendo alunos participantes.


Avaliação:


Será atribuída uma nota conforme o critério de avaliação estabelecido pela escola, bem, como observar-se-á o desenvolvimento cognitivo, intelectual durante todo o processo da aplicação da intervenção pedagógica.


Referências


BRAZ, Júlio Emílio: Pretinha, eu? São Paulo: Ática, 1996.


GUIMARÃES, Geni M; A cor da ternura Autora: São Paulo: Ática, 1986.

MACHADO, Ana Maria. Menina Bonita do Laço de Fita. São Paulo: Ática, 1986.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná. Curitiba: SEED, 2006.


SABINO, Fernando: O Homem Nu. Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1973.


Vídeo disponível em: http://www.slideshare.net/1950/poema-africano

http://www.uab.furg.br/file.php/1/01_sobre_o_curso/Genero/gde/index.html

Obs.: publicado em 30/09/2010 em http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=311

Vencendo obstáculos... conquistando vitórias...


Nome da Autora: Laura Lopes de Paiva
Instituição: Colégio Estadual Marco Antonio Pimenta
Município / Estado: Maringá-PR
Conteúdo: Vencendo obstáculos... conquistando vitórias...
Série: Todas - Ensino Fundamental e Médio
Foi utilizado algum recurso do Portal? Não


Relato


Esta atividade é interdisciplinar envolveu o conteúdo de algumas disciplinas:


Português: Mostra da presença do negro e o índio na literatura brasileira por períodos literários; influência e contribuições em nosso idioma (variantes linguísticas); causos...
* Os alunos por livre escolha formarão equipes de 2 ou 3 (dez equipes). Em conjunto, alunos e professores decidem a organização e distribuição dos trabalhos, isto é, conforme a distribuição prévia dos temas.
* Os alunos farão pesquisas dos temas propostos e com o auxílio dos professores confeccionarão cartazes, painéis, organizarão programação da sala de vídeo
1. Brasil que lê – mapa contornado por livros com citações Castro Alves, e, Cruz e Sousa
2. Brasil – mapa com retratos da nossa etnia
3. Brasil e África - mapa com semelhanças e diferenças
4. Documentário - painel com artigos de jornais, revistas...
5. Poema africano – álbum seriado
6. Resenha - clássicos da literatura brasileira, apresentação das obras com ilustrações das principais cenas e capas: Negrinha, Bom Crioulo, Gabriela, cravo e canela, O mulato, O cortiço, Casa de pensão, Negrinho do Pastoreio...
7. Lembrancinha - Cartão postal poético – com mensagens alusivas e motivacionais, declamação e distribuição...
8. Sinopses ilustradas de filmes – sala de vídeo
9. Vocabulário ilustrado – influência em nossa língua, frases coloquiais e cultas
10. Confecção de vestimenta escravos – dois trajes completos com adereços – M/F - entrevistas
Inglês: propagandas/mídia, exploração da sensualidade
Artes: máscaras, roupas, acessórios, manifestações culturais
Educação Física: danças – músicas
Sociologia e Filosofia: processo de formação da sociedade afro-brasileira, sociedade africana, indígena e brasileira contemporânea
História e Ensino religioso: etnia, abolição, o comércio, mercado humano, variedade dos povos
Geografia: retrato físico África e Brasil – divisão, espaço/mapas...
Matemática e Química: Gastronomia (feijoada, coalhada, rapadura, bolo, sucos...)
Biologia e Física: miscigenação
Sala de vídeo com apresentações fílmicas - divulgação prévia
Nativos – entrevistas
Justificativa:


É inegável o espaço que a História e Cultura Afro ocupam em nossa vida e em toda modernidade brasileira. Presentes em todos os lugares e permeiam quase todas as atividades e ações humanas. Desta forma, a escola não pode se eximir, no seu papel de formadora de cidadãos e de desenvolver um trabalho de reconhecimento da influência da história e cultura afro em relação à cultura brasileira, valorizando seu papel no contexto educacional, e também, do conhecimento historicamente acumulado e, ao mesmo tempo, levar o educando a utilizá-la de forma crítica e mais humana.


Objetivos:


· Reconhecer os desafios educacionais contemporâneos referentes à História e Cultura Afro-brasileira;· Aproximar Educação das Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
·Fortalecer o rompimento de imagens negativas contra os povos afro-descendentes e indígenas, valorizando a cultura e resgatando os costumes desses povos, desencadeando assim o processo de afirmação de identidade, de historicidade a eles negados;
· Promover e discutir o papel da Equipe Multidisciplinar composta em decorrência da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na comunidade escolar

Procedimentos Metodológicos:


* O Trabalho Temático será dividido em dois grupos: Povos indígenas – alunos da primeira a sétima série EF; Povos afro-descendentes – alunos da oitava série EF ao terceiro EM.
* Cada turma receberá um tema. Sugestão: a distribuição dos temas poderá ser realizada através de sorteio... ou pela escala temática apresentada.
* A turma se subdivide em grupos compostos por no mínimo três alunos.
* Em conjunto, alunos e professores decidem a organização e distribuição dos trabalhos, isto é, conforme a distribuição prévia dos temas.
* É importante que, se assegure a cada grupo a oportunidade de assumir a responsabilidade pela organização na íntegra do trabalho, inclusive de todo material utilizado.
* Observar, na prática, que cada grupo, vivenciará e apreciará criticamente as realizações de seus colegas, portanto, desenvolvendo o sociointeracionismo com avanços significativos tanto em seu desempenho como na totalidade do trabalho.

Etapas de desenvolvimento da atividade

* Preparação: de inteira responsabilidade do grupo organizador. O professor acompanhará o trabalho de preparação, estimulando, orientando, mediando e assessorando o grupo sempre que necessário. Os alunos deverão ter pelo menos quinze dias para preparação.
* O trabalho deverá ser feito em geral fora das aulas normais ou em horários que o professor definir.
* Realização: Dois dias consecutivos (a definir) em cada sala de aula.
* Avaliação: Processa-se de forma contínua a partir da elaboração do trabalho. Na aula seguinte o professor apresenta as notas atribuídas. Considerar: Criatividade, criticidade e qualidade (beleza, originalidade, adequação à situação, propriedade do nível de linguagem utilizado), cenário, qualidade dos efeitos produzidos pelos recursos audiovisuais utilizados, organização do grupo, conduta dos participantes nos diferentes momentos da apresentação do trabalho.


Obs.: publicado em 30/09/2010 em http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=312

Lendo e descobrindo o mundo da diversidade


Programa descentralizado de formação – Itinerante 2010
Professora Laura Lopes de Paiva
Colégio Estadual Branca da Mota Fernandes
Colégio Estadual Marco Antonio Pimenta
NRE Maringá
Lendo e descobrindo o mundo da diversidade

Sinopse - livros

“Menina Bonita do Laço de Fita”
Ana Maria Machado
Uma pessoa pode mudar de cor, se quiser?
Imagine a confusão que seria… Uma personagem que tentou fazer de tudo para ficar de outra cor. Um coelhinho branco quer ter uma filha da cor daquela menina do laço de fita. Mas ele não sabe como a menina herdou aquela cor.

“Pretinha, eu?”
Júlio Emílio Braz
Uma menina negra ganhou uma bolsa de estudos em um colégio particular e tradicional onde nunca havia entrado um aluno negro entre seus alunos. Desencadeou-se uma história de discriminação, preconceito e muitas descobertas. Diante desse "escândalo", a sala da 5a série torna-se o campo de uma batalha covarde. Todos os alunos se unem contra Vânia pelo único fato de ela ser negra e pobre. O diretor e os professores, então, mobilizam-se em uma cruzada contra a discriminação.

“A cor da ternura”
Geni M. Guimarães
Relata a história de Geni desde a sua infância até a idade adulta. Seu crescimento em meio à pobreza e o preconceito racial, sua forma de ver o mundo e se adaptar a ele. Ser pobre e negra trouxe para personagem muitos conflitos interiores, assim, percebe muito cedo o peso da cor e da condição social. Já adulta, continuou enfrentando barreiras impostas pela sua cor. Para vencê-las, traçou uma meta de vida Lutou e continua lutando com armas poderosas que adquiriu durante sua vida: amor, carinho, afeto...

Sinopse - filmes

Ponte para Terabítia
Jess Aarons sente-se um estranho na escola e até mesmo em sua família. Não tem amigos, é perseguido pelos valentões da sala, e vive uma paixão platônica pela professora de artes, em casa, seus pais estão com problemas financeiros e quando dão atenção para os filhos, é para alguma das quatro irmãs do garoto. Desenhista, ele passa seu tempo criando suas ilustrações ou treinando para ser o mais rápido na corrida da escola. Então surge a novata Leslie Burke, que logo em seu primeiro dia ganha de Jess e do resto dos garotos na disputa. Leslie, filha de escritores, também é vista como uma estranha, assim como Jess. Aos poucos, a má impressão da corrida vai passando e cria-se entre eles uma grande amizade. Leslie com seu talento para criar histórias e Jess com suas habilidades nos desenhos criam um mundo mágico chamado Terabítia.

Adivinhe Quem Vem para Jantar
Um casal esclarecido de classe média - vai conhecer o noivo da filha num jantar, quando descobrem que ele é negro - eles ficam chocados e procuram por algo que o desabone, mas encontram uma pessoa com muitas qualidades morais e profissionais.

Racismo É Burrice
Gabriel Pensador
Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral
Racismo é burrice
Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você.

Albertine Disparue
Fernando Sabino
Chamava-se Albertina, mas era a própria Nega Fulô: pretinha, retorcida, encabulada. No primeiro dia me perguntou o que eu queria para o jantar:
— Qualquer coisa — respondi.
Lançou-me um olhar patético e desencorajado. Resolvi dar-lhe algumas instruções: mostrei-lhe as coisas na cozinha, dei-lhe dinheiro para as compras, pedi que tomasse nota de tudo que gastasse.
— Você sabe escrever?
— Sei sim senhor — balbuciou ela.
— Veja se tem um lápis aí na gaveta.
— Não tem não senhor.
— Como não tem? Pus um lápis aí agora mesmo!
Ela abaixou a cabeça, levou um dedo à boca, ficou pensando.
— O que é lapisai? — perguntou finalmente.
Resolvi que já era tarde para esperar que ela fizesse o jantar. Comeria fora naquela noite.
— Amanhã você começa — conclui. — Hoje não precisa fazer nada.
Então ela se trancou no quarto e só apareceu no dia seguinte. No dia seguinte não havia água nem para lavar o rosto.
— O homem lá da porta veio aqui avisar que ia faltar — disse ela, olhando-me interrogativamente.
— Por que você não encheu a banheira, as panelas, tudo isso aí?
— Era para encher?
— Era.
— Uê...
Não houve café, nem almoço e nem jantar. Saí para comer qualquer coisa, depois de lavar-me com água mineral. Antes chamei Albertina, ela veio lá de sua toca espreguiçando:
— Eu tava dormindo... — e deu uma risadinha.
— Escute uma coisa, preste bem atenção — preveni: — Eles abrem a água às sete da manhã, às sete e meia tornam a fechar. Você fica atenta e aproveita para encher a banheira, enche tudo, para não acontecer o que aconteceu hoje.
Ela me olhou espantada:
— O que aconteceu hoje?
Era mesmo de encher. Quando cheguei já passava de meia-noite, ouvi barulho na área.
— É você, Albertina?
— É sim senhor...
— Por que você não vai dormir?
— Vou encher a banheira...
— A esta hora?!
— Quantas horas?
— Uma da manhã.
— Só? — espantou-se ela. – Está custando a passar...
*
— O senhor quer que eu arrume seu quarto?
— Quero.
— Tá.
Quarto arrumado, Albertina se detém no meio da sala, vira o rosto para o outro lado, toda encabulada, quando fala comigo:
— Posso varrer a sala?
— Pode.
— Tá.
Antes que ela vá buscar a vassoura, chamo-a:
— Albertina!
Ela espera, assim de costas, o dedo correndo devagar no friso da porta.
— Não seria melhor você primeiro fazer café?
— Tá.
Depois era o telefone:
— Telefonou um moço aí dizendo que é para o senhor ir num lugar aí buscar não sei o quê.
— Como é o nome?
— Um nome esquisito...
— Quando telefonarem você pede o nome.
— Tá.
— Albertina!
— Senhor?
— Hoje vai haver almoço?
— Se for possível.
— Tá.
Fazia o almoço. No primeiro dia lhe sugeri que fizesse pastéis, só para experimentar. Durante três dias só comi pastéis.
— Se o senhor quiser que eu pare eu paro.
— Faz outra coisa.
— Tá.
Fez empadas. Depois fez um bolo. Depois fez um pudim. Depois fez um despacho na cozinha.
— Que bobagem é essa aí, Albertina?
— Não é nada não senhor — disse ela.
— Tá — disse eu.
E ela levou para seu quarto umas coisas, papel queimado, uma vela, sei lá o quê. O telefone tocava.
— Atende aí, Albertina.
— É para o senhor.
— Pergunte o nome.
— Ó.
— O quê?
— Disse que chama Ó.
Era o Otto. Aproveitei-me e lhe perguntei se não queria me convidar para jantar em sua casa.
*
Finalmente o dia da bebedeira. Me apareceu bêbada feito um gambá; agarrando-me pelo braço:
— Doutor, doutor... A moça aí da vizinha disse que eu tou beba, mas é mentira, eu não bebi nada... O senhor não acredita nela não, tá cum ciúme de nóis!
Olhei para ela, estupefato. Mal se sustinha sobre as pernas e começou a chorar.
— Vá para o seu quarto — ordenei, esticando o braço dramaticamente. — Amanhã nós conversamos.
Ela nem fez caso. Senti-me ridículo como um general de pijama, com aquela pretinha dependurada no meu braço, a chorar.
— Me larga! — gritei, empurrando-a. Tive logo em seguida de ampará-la para que não caísse: — Amanhã você arruma suas coisas e vai embora.
— Deixa eu ficar... Não bebi nada, juro!
Na cozinha havia duas garrafas de cachaça vazias, três de cerveja. Eu lhe havia ordenado que nunca deixasse faltar três garrafas de cerveja na geladeira. Ela me obedecia à risca: bebia as três, comprava outras três.
Tranquei a porta da cozinha, deixando-a nos seus domínios. Mais tarde soube que invadira os apartamentos vizinhos fazendo cenas. No dia seguinte ajustamos as contas. Ela, já sóbria, mal ousava me olhar.
— Deixa eu ficar — pediu ainda, num sussurro. — Juro que não faço mais.
Tive pena:
— Não é por nada não, é que não vou precisar mais de empregada, vou viajar, passar muito tempo fora.
Ela ergueu os olhos:
— Nenhuma empregada?
— Nenhuma.
— Então tá.
Agarrou sua trouxa, despediu-se e foi-se embora.
Texto extraído do livro "O Homem Nu", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1973, pág. 176.


Referências

BRAZ, Júlio Emílio: Pretinha, eu? São Paulo: Ática, 1996.
GUIMARÃES, Geni M; A cor da ternura Autora: São Paulo: Ática, 1986.
MACHADO, Ana Maria. Menina Bonita do Laço de Fita. São Paulo: Ática, 1986.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná. Curitiba: SEED, 2006.
SABINO, Fernando: O Homem Nu. Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1973.
Vídeo disponível em: http://www.slideshare.net/1950/poema-africano

domingo, 29 de setembro de 2013

Anúncio - escravo à venda


“Escravo á venda. À rua do Carmo, 57, vende-se um escravo de cor preta, com 47 anos de idade, prendado e sem defeitos”. Publicado dia 4 de janeiro de 1881.

Essa imagem pode ser usada no conteúdo básico trabalho escravo e trabalho livre para discutir a condição do cativo no país.

Palavras-chave: relações de trabalho, Brasil, escravidão, Paraná.




Anúncio que oferecia recompensa por recuperação de escravos fugitivos.

Palavras-chave: relações de poder, relações culturais, escravidão, Brasil.


http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1143&evento=1

Legislação

  • Deliberação nº 04/06 - Normas Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
  • Instrução nº 010/2010 - Equipes Multidisciplinares para tratar da Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena.
  • Instrução nº 017/2006 – SUED - A Educação das Relações Étnico-Raciais e o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, passa a ser obrigatória em todos os níveis e modalidades dos estabelecimentos de ensino da rede pública estadual de Educação Básica.
  • Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010 - Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis nos 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003.
  • Lei nº 11.645, de 10 março de 2008 - Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
  • Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 - Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.
  • Resolução nº 3399/2010 – GS/SEED - Resolve compor Equipes Multidisciplinares nos Núcleos Regionais de Educação – NREs e Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual de Educação Básica. 
Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=560

Equipes Multidisciplinares

Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período letivo.

As Equipes Multidisciplinares se constituem por meio da articulação das disciplinas da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da África, dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para que o(a) aluno(a) negro(a) e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.

Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=560

Poema Africano



Meus caros irmãos,
Quando nasci eu era negro
Agora cresci e sou negro
Quando tomo sol fico negro
Quando estou com frio fico negro
Quando tenho medo fico negro
Quando estou doente fico negro
Quando morrer ficarei negro.

E você homem branco,
Quando nasce é rosa
Quando cresce fica branco
Quando toma sol fica vermelho
Quando sente frio fica roxo
Quando sente medo fica verde
Quando está doente fica amarelo
Quando morre fica cinza
E ainda tem a "cara de pau" de me chamar de "homem de cor"?

Autoria desconhecida

Contatos com a Equipe Muldisciplinardo CEMAP



Coordenação
Laura Lopes de Paiva - laura.lpaiva@gmail.com


Equipe Pedagógica:        
Márcia de Oliveira - marcia_lari@hotmail.com
Telma da Silva Rodrigues - telmasrod@yahoo.com.br



Professora da Área de Biológicas:     
Maria Anunciata Albanez - manunciata@hotmail.com



Professores da Área de Humanas:
Doralice Ferrareze dos Santos - doraliceferrareze@hotmail.com
Elizabete dos Santos Meirelles - betemeirelles@hotmail.com


Fernando César Fernandes - fernandoeefel@hotmail.com
Laura Lopes de Paiva – laura.lpaiva@gmail.com
Ruth dos Santos - ruthhistoriaprof@gmail.com
Silvia Miotto - silvinhageo@gmail.com



Professora da Área de Exatas:
Luci Martins Ramos -  lucimramos@hotmail.com


Agente Educacional:
Lucieny Aparecida Rocha Santos - lucienyrocha@hotmail.com

Representante das Instâncias Colegiadas:
Claudineia Buzo Trevisi – APMF