sábado, 5 de dezembro de 2015

MEMORIAL DESCRITIVO 2015


MEMORIAL DESCRITIVO





1. IDENTIFICAÇÃO

Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual Marco Antonio Pimenta
Município: Maringá
NRE: Maringá
Equipe Multidisciplinar:
Antonio Faustino dos Santos – História
Elizabete dos Santos Meirelles – Português
Laura Lopes de Paiva – Português
Márcia de Oliveira - Pedagoga
Tatiane Martins Evangelista - Filosofia
Telma da Silva Rodrigues – Pedagoga



2. EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

O ensino de História da África e dos afrodescendentes e indígenas
O ensino de História da África e dos afrodescendentes e indígenas como vem sendo apresentado no Ensino Fundamental ou Médio, está muito aquém de atingir seus objetivos: trabalhar a grande diversidade de povos e suas culturas e os legados deixados por esses povos a nossa civilização, contribuindo na luta contra a discriminação e o preconceito racial. O mesmo acontece com os povos indígenas do Brasil, haja visto que alguns livros didáticos, muito pouco ou quase nada, é trabalhado a esse respeito.
As editoras para cumprir as Leis 10639/03 e a Lei 11.645/08 publicam textos muito simplistas e muitas vezes desconectados com o contexto histórico, todavia não podemos negar um certo avanço nas questões educacionais em relação a valorização do povo negro e indígena, uma vez que anterior a 2003 nada era estudado.
Já se trabalha origem do homem primitivo e seus períodos históricos, todavia não cita os indígenas da América muito menos no Brasil, a histórica da África, limita-se ao Egito e o reino de Cuxe, porém este último, apesar de ser um texto fraco, ressalta a importância da mulher nas sociedades africanas, o que não deixa de ser um ponto positivo.
É trabalhado os povos Incas, Maias e Astecas, se propõem a trabalhar a diversidade cultural dos índios do Brasil que se resume em onze linhas e uma iconografia dos Caiapós, já em relação à África são textos fragmentados sem contextualização que se propõe a estudar os reinos e impérios africanos. Interessante frisar que os autores trabalham o Reino de Mali, Reino de Gana, Reino de Iorubas e o Reino do Congo, todavia não cita o Egito como um reino localizado no África. Fortalecendo a ideia errônea de milhares de pessoas que não sabem onde localiza o Egito.
A história dos indígenas em alguns livros didáticos é insuficiente, cabendo ao professor complementar as lacunas, por exemplo, com o Levante dos Males na Bahia e a política Imperialista no Continente Africano e suas consequências.
Da mesma forma, a história da África e dos afrodescendentes é valorizada ao aprofundar o tema a respeito da Política Imperialista e suas consequências, abordando, também a questão racial nos Estados Unidos, citando a Ku Klux Klan, e os movimentos de independências dos países africanos.
No Ensino Médio, os temas são aprofundados, seguindo a mesma linha do Ensino Fundamental. Mas percebe-se um avanço quando se trabalha a África como: a expansão do Islã no Continente Africano e influência no Brasil, discorre com maior clareza a política imperialista e os reinos africanos, processos de independência dos países africanos e vários outros temas relacionados à história da África.

Enfrentamento ao preconceito, racismo e discriminação no ambiente escolar
A escola é um espaço de práticas culturais, onde ocorre parte do desenvolvimento humano, e também onde educar corresponde a ações de criar e recriar mundos e possibilidades de constituição do indivíduo enquanto parte do coletivo. Sendo o espaço escolar privilegiado, onde acontece boa parte do processo de socialização, nesse sentido crianças e adolescentes, de diferentes núcleos familiares, estabelecem relações no convívio com a diversidade.
A escola é o primeiro contato, para a maioria das crianças, de vivência de tensões raciais, que podem acontecer de forma conflituosa, através de segregação, exclusão, discriminação ou de ridicularização, iniciando assim um processo de desvalorização de seus atributos individuais, que de alguma forma irá interferir na construção de sua identidade, favorecendo a disseminação do preconceito. Portanto, a educação tem um importante papel na promoção dos direitos dos negros em se reconhecerem como integrantes a autores da cultura nacional, expressarem suas próprias visões de mundo e manifestarem seus pensamentos e ideias sem serem discriminados.
Nesse sentido, a construção da identidade se constituirá dentro do processo de socialização, sendo a atitude de cada um uma influência no reconhecimento e sentimento de pertencimento ao grupo social, por isso abordar o tema sobre discriminação e preconceito racial no ambiente escolar é enfrentar desafios, mostrando a importância da problemática em que estamos envolvidos e promovendo ampla discussão, levando a reflexão individual e coletiva para transformação de mentalidades e práticas de qualquer tratamento preconceituoso, através de ações conjuntas no contexto educacional para reversão da discriminação e das desigualdades em nossa sociedade.
Não que seja na escola a origem das formas de discriminação, mas o preconceito corrente na sociedade perpassa por ali e uma vez que no âmbito educacional é possível observar as tensas relações étnico-raciais envolvendo a cultura e o padrão estético do negro estereotipado, apesar que 45% da população seja formada por negros, não têm sido suficientes para eliminar ideologias, desigualdades e estereótipos racistas e preconceituosos. Por isso, é fundamental que os educadores sejam orientados em seu processo de aprendizagem por professores qualificados, com formação para lidarem com as tensas relações produzidas pelo racismo e preconceito, que sejam sensíveis e capazes de conduzir a reeducação nas relações ético-raciais.  Isso requer estratégias pedagógicas, mudanças nos discursos, posturas, formas de tratar as pessoas, reconhecimento do processos históricos e resistência negra desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil e por seus descendentes. Entretanto é preciso envolvimento de todos na construção de um projeto de escola e de educação voltada para um trabalho coletivo de articulação entre os processos educativos escolares, políticas públicas e movimentos sociais.

Promoção da Igualdade Racial
A promoção da igualdade étnico-racial neste colégio é uma ação permanente na prática pedagógica. A maioria dos educadores ou professores procuram implementar estratégias, ações ou medidas para mudanças de perspectivas e melhoria   dos indicadores quando se comprova atitude preconceituosa em relação à identidade afrodescendente, pois o papel da escola é fortalecer a desconstrução do preconceito e promover a igualdade étnico-racial.
É preciso considerar o processo histórico de discriminação étnico-racial e negação dos diretos básicos à cidadania que acomete a população negra e povos indígenas com culturas, trajetórias históricas e sociais diferentes. Assim, é fundamental o engajamento da escola na construção de ações pedagógicas que viabilizem “espaços que favoreçam o reconhecimento da diversidade e uma convivência respeitosa baseada no diálogo entre os diferentes atores sociopolíticos, oportunizando igualmente o acesso e a socialização dos múltiplos saberes”. (Silva, 2010, p.46).  A desconstrução de ideias preconceituosas e estereotipadas, historicamente produzidas e reproduzidas por visões externas aos sujeitos negros e indígenas, exigem práticas pedagógicas comprometidas com conteúdo que represente os sujeitos de modo afirmativo, visando à formação crítica de negras/os, não negras/os, indígenas e não indígenas.
Quanto à dimensão étnico-racial, o papel da escola é de formação e desenvolvimento de cidadãos reconhecendo a influência da história e cultura africana em relação à cultura brasileira. Dando-lhe o valor merecido no contexto educacional, possibilitando ao estudante a trilhar pelo caminho da cidadania de forma crítica dos condicionantes que determinam a situação que se observa atualmente no Brasil em relação aos afrodescendentes desconstruindo o preconceito e militando ações em prol de uma sociedade a ser construída de forma igualitária, homogênea com estereótipos que povoam a discriminação. É necessário o enfrentamento ao pensamento eurocêntrico, tal enfrentamento precisa ser feito diariamente na comunidade escolar, desconstruindo conceitos e paradigmas pré-concebidos.
Além de fazer as intervenções quando surge caso de enfrentamento ao preconceito, discriminação e exclusão motivados pela desigualdade na relação étnico-racial entre outras na comunidade escolar sejam entre estudantes e educadores no momento em que se fizer necessário.
Por ser muito abrangente a população escolar contempla inúmeras diversidades tais como hábitos, costumes, comportamentos, crenças e valores, alteridade, invisibilidade dos sujeitos, preconceito racial, social, homofobia suscitando com que se tenha uma intervenção mais clara, objetiva e imediata. Buscando superar os apontamentos acima e para implementar as legislações educacionais a respeito (Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, Lei nº 11.645, de 10 março de 2008) os PTD - Plano de Trabalho Docente fazem uso de palestras, vídeos, música, leitura de artigos jornalísticos, estudo de casos e debates, discussões, reflexões, enfim instrumentalizar-nos para transformar nossa prática pedagógica no intuito de desconstruir uma “verdade” e construí-la, conforme os pressupostos estabelecidos de diversidade na escola. Em relação as atividades desenvolvidas pela escola durante o ano letivo sobre a temática indígena estas se apresentam permeadas nas abordagens dos conteúdos de lutas/movimentos sociais pelo trabalho, a cultura e os valores do índio (jogos/brincadeiras/brinquedos e confecção de adereços indígenas), bem como, as desigualdades sociais e exclusão destes sujeitos.


Estudo de Caso
O racismo ainda hoje é uma questão de grande embate na sociedade brasileira, mesmo tendo se passado mais de uma década da implementação das Leis nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 e nº 11.645, de 10 março de 2008 que inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, ainda estamos engatinhando em um processo de desconstrução histórica de uma sociedade culturalmente preconceituosa e racista. Vivemos num país onde a herança do preconceito racial é muito presente, apesar de haver certa negação ou omissão do problema.
Onde estamos errando? Esta talvez seja uma das perguntas mais frequentes quando nos deparamos com adolescentes e jovens ainda se utilizando de formas depreciativas, cruéis e desumanas para conviver com aqueles que consideram diferentes.
Para o sociólogo Carlos Martins “Somos a segunda maior nação negra do mundo, atrás apenas da Nigéria, mas nosso padrão de beleza é o branco europeu”. Continuamos errando.
É evidente que a educação das relações étnico-raciais vem construindo novos paradigmas ao longo desses anos de trabalho no interior da escola, no entanto, percebe-se pouca mudança na postura dos sujeitos, em especial, dos negros em relação à afirmação da sua identidade e a autodeclararão. Ainda possuímos uma distorção cultural agregada a educação dos nossos jovens, isto precisa ser revisto.
no cotidiano das nossas praticas escolares, possivelmente naturalizamos algumas falas preconceituosas que foram fundamentadas/os pelas nossas verdades adquiridas nos nossos diferentes processos de aprendizados. Por exemplo, ainda é comum na sala de aula das/dos professores/as ouvirmos piadas de negros/as e acharmos engraçado chamarmos o bolo de chocolate de ‘nega maluca” e, quando estamos em uma situação difícil de solucionar, com maior “naturalidade” falarmos que a “situação está preta”. Não nos damos conta muitas vezes que reproduzimos e legitimamos essas práticas racistas e discriminatórias e ao sermos capazes de questionarmos essa naturalização, legitimarmos a violência que é exercida contra a identidade da população negra e de suas/seus descendentes no espaço escolar, e ainda afirmamos que a escola trata todos/as de forma igual”.
(Educação das relações étnicos-raciais. P. 38)

Com isso vemos a falta de preparo das escolas para receber o aluno negro e no dia-dia só é ressaltado que não sabemos lidar com essa questão. A desconstrução de ideias preconceituosas e estereotipadas, exige práticas pedagógicas comprometidas com conteúdo que representem os sujeitos de modo afirmativo, visando à formação crítica dos nossos alunos como pessoas, cidadãs. É preciso mostrar os aspectos positivos do negro em nossa sociedade, nossos alunos precisam ter conhecimento das contribuições que esses povos trouxeram para nós na área política, econômica e social e para formação de identidade cultural, foram eles que construíram nosso país.
Em vista disso, foram realizadas, em nossa escola, atividades com o objetivo de propiciar aos nossos alunos contato com a cultura africana e afrodescendente, culminando em uma diversidade de atividades, entre elas: conversa com os alunos do fundamental do período matutino sobre a reconstrução dos valores enquanto povo étnico, de múltiplas culturas e cores.
 Após tais discussões foi realizado um questionário com os alunos do fundamental onde eles tiveram a oportunidade de se declarar como senso amarelo, branco, pardo ou preto. Deste questionário tivemos os seguintes dados:
6° A: Do total de 30 alunos, 17 declararam como sendo pardo, 11 como sendo brancos e 2 como sendo pretos.
7° A: Do total de 28 alunos, 15 se declararam pardos e 13 se consideraram brancos.
8° A: Do total de 30 alunos, 19 se declararam brancos, 10 como sendo pardos e 1 como sendo preto.
9° A: Do total de 35 alunos, 19 declararam como sendo brancos, 14 como sendo pardos, 1 como sendo negro e outro como sendo amarelo.
Vale ressaltar que o uso do termo "preto" costuma ser criticado como supostamente preconceituoso, mas é a terminologia oficial da pesquisa do IBGE. O grupo mais genérico de "negros" reúne as cores específicas, "preta" e "parda", explica o IBGE.
Exposição de fotografias com os alunos que se reconhecem e se orgulham de sua negritude, desconstruindo um padrão de beleza imposto de forma errônea pela sociedade, de que só existe beleza nos chamados “padrões europeus”. É importante destacar que não se trata de mudar um foco etnocêntrico marcadamente de raiz europeia por um africano, mas de ampliar a visão dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira;
Mostra de dança e comidas, resgatando assim, a história da formação do povo brasileiro, que foi construída a base de muitos conflitos e resistência principalmente por parte da maioria da população, índios e negros, explorados pela minoria.  Nossas danças e nossos alimentos perpetuam como símbolo de momentos que jamais devem ser esquecidos para que nossos alunos, sejam eles crianças ou adolescentes cresçam lutando para que tais atrocidades deixem de existir.  
Exposição de literatura, valorizando assim, a diversidade étnica brasileira, e seus múltiplos personagens;
Debates com professores convidados sobre os temas, raízes africanas e cotas raciais. Levando nossos alunos a momentos de reflexão sobre a necessidade de resgatar a autonomia de parte do nosso povo que até hoje, infelizmente, é tratada por muitos de forma inferiorizada.
Palestra com professores e funcionários sobre racismo. Precisamos reconhecer que muitos de nós ajudam a propagar ideias preconceituosas e intolerante no pensar dos nossos jovens, precisamos reconhecer tais atos e modificá-los.
“A escola como uma instituição social, veicula e reproduz, como não poderia deixar de ser, os valores culturais e os ideais da sociedade ao qual se insere. No entanto, é preciso destacar o papel fundamental da escola na produção de conhecimento, na transformação da realidade na qual se encontra na elaboração de mecanismos eficazes no combate as distintas formas de expressões do racismo, da discriminação, da intolerância e do preconceito.”
(Educação escolar quilombola: pilões e conhecimento escolar. p. 11)

A escola é um ambiente privilegiado para se iniciar o processo de conhecimento da diversidade cultural brasileira e promoção de respeito a todas as diferenças decorrentes desta pluralidade, uma vez que é um espaço onde convivem crianças de várias etnias, classes sociais, crenças e culturas distintas; podendo direcionar o aprendizado ao respeito mútuo e o convívio democrático com a diferença. Sendo assim, a escola tem um papel preponderante nesse processo de construção de identidade, possibilitando a desconstrução e reconstrução de forma positiva e respeitosa, de modo que nossos adolescentes e os jovens tenham orgulho do seu pertencimento étnico-racial.





3. AVALIAÇÃO

A avaliação é formativa, diagnóstica e contínua, pois visa promover a igualdade no espaço escolar e não penalizar as atitudes preconceituosas. Há participação de um grande número de professores e funcionários que contribuem com perguntas e questionamentos, assim os objetivos são alcançados e aprimorados os quais consistem em desconstruir o racismo hoje e principalmente no ambiente escolar.



4. REFERÊNCIAS

ALONSO, Ângela. Ideias em Movimento: A geração 1870 na crise do Brasil-Império. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
AZEVEDO, Célia Maria Marinho de. Onda Negra, Medo Branco: o negro no imaginário das elites do século XIX. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
LARA, Larissa Michelle. As danças no candomblé: corpo, rito e educação. Maringá: EDUEM, 2010.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil (1870-1930). São Paulo: Cia. Das Letras, 1993, p. 47
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica. 2007.MCLAREN, Peter. Multiculturalismo crítico. São Paulo: Cortez, 1999

Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares/Paraná. Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. – Curitiba: SEED – PR., 2005.

Curso EAD de qualificação profissional em educação das relações étnicos-raciais. MEC – Ministério da Educação/SECAD – Secretária de Educação Básica Alfabetização e Diversidade/CIPED – Coordenação de Política de Educação a distância/ INEAB – Núcleo de Estudo Afro-brasileiro da Universidade Federal do Paraná.

Diálogos e reflexões para práticas pedagógicas efetivas na educação das relações étnico-raciais. Equipe multidisciplinar 2015.

Educação Escolar Quilombola: Pilões, peneiras e conhecimento Escolar/ Paraná. Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. – Curitiba: SEED – Pr., 2010(Cadernos temáticos).

Educando para Relações Étnico-Raciais/Secretaria de Estado da Educação. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba: SEED – PR., 2008 (Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos)

Vídeo Capoeira Iluminada
www.youtube.com/watch?v=yXPUN5k9x-Y

trabalhoindigenista.org.br/

www.uss.br/.../revistaMestradoHistoria/

www.passeidireto.com/.../historia-dos-povos-indigenas-e-afro-descendentes

www.alhea.com/Historia+Indígenas‎

Ministério da Educação - portal.mec.gov.br