Primeiras ideias Em 2003, o Congresso Brasileiro aprovou uma lei federal criando o Dia da Consciência Negra. A mesma lei tornou obrigatório o estudo sobre a história e cultura afro-brasileiras nas escolas. A data foi escolhida pelo Movimento Negro Brasileiro, por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, um dos mais conhecidos líderes da resistência negra no Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, atual estado de Alagoas. Foi nesse dia, no ano de 1695, que Zumbi dos Palmares foi traído e morto depois lutar uma vida pela liberdade. Relembrar as características culturais dos afrodescendentes é uma forma de reconhecer a importância de sua presença na formação social e cultural do Brasil e, sobretudo, reconhecer o valor da conquista de sua liberdade a preço de sangue e luta. Sobre Zumbi dos Palmares Zumbi nasceu em Palmares. Com poucos dias de vida, foi sequestrado e entregue a um padre que o batizou com o nome de Francisco. Aos 15 anos, Francisco, que havia aprendido português e latim, fugiu e voltou para o quilombo, onde mudou seu nome para Zumbi, que significa “Senhor da Guerra”, “Fantasma Imortal” ou “Morto Vivo” no idioma africano banto. Daí em diante chefiou os negros nos combates contra bandeirantes e capangas dos fazendeiros que queriam escravizá-los novamente. Morreu aos 40 anos de idade.
Você sabia?
A palavra quilombo vem de kilombo, da língua quimbundo. Já era usada nas regiões de Congo e Angola, onde significava diversas formas de organização, como mercados e feiras, acampamentos guerreiros, vilas e povoados. No Brasil, até final do século XIX, a palavra era usada para se referir aos agrupamentos formados por africanos e seus descendentes que resistiam à escravidão. Hoje, o termo tem uma forte ligação com a luta pela terra. Segundo a Fundação Cultural Palmares <www.palmares.gov.br>, quilombolas são descendentes de africanos escravizados que mantêm tradições culturais, de subsistência e religiosas ao longo dos séculos. Um levantamento da Palmares mapeou 3 524 comunidades quilombolas no Brasil.
Kilombo, quilombo, quilombola. Disponível em: <http://www.disquequilombola.com.br/quilombola/origens/>. Acesso em: 22 out. 2014.
Refletindo sobre valores Dê ênfase a valores como aceitação das diferenças, respeito, reconhecimento pela cultura do outro.
Atividade coletiva
Como atividade coletiva, sugerimos trabalhar um circuito que inclui uma história, um filme, um curta-metragem, uma brincadeira e uma música.
1. Comece a atividade pela história. Sugerimos para este momento três livros: Panquecas de Mama Panya, Um safári na Tanzânia e ABC do continente africano. Para qualquer livro de sua escolha proceda do mesmo modo: a) Antes da leitura, descubra o que os alunos sabem sobre o continente africano.
- - Projete um mapa-múndi na parede e circule a região que pertence ao continente africano. Diga que esse continente é rico em cultura e diversidade.
- - Conte aos alunos que, no início de nossa história, navios mercantes passavam pelo continente africano, sequestravam homens, mulheres e crianças de diversos países e os vendiam aqui no Brasil aos fazendeiros. Essas pessoas passavam a ser propriedade do fazendeiro, que tinha o direito de decidir sobre a vida de seus escravos.
- - A casa da fazenda que servia de moradia para os escravos se chamava senzala. Foi dentro das senzalas que os africanos cuidaram de preservar sua identidade, cultura e a grandeza de sua raça.
- - Integrados à cultura brasileira, deram um aspecto afro para nosso modo de ser. Por isso, conhecer a cultura africana é conhecer também as raízes da cultura brasileira.
- - Onde se passa a história?
- - Que costumes a obra retrata?
- c) Entregue aos alunos uma folha de papel sulfite e peça a eles que dobrem a folha em quatro partes iguais. Depois, solicite que recontem a história em quatro partes, uma parte para cada dobra do papel.
Fonte: http://educavalores.edicoessm.com.br/2014/11/15/consciencia-negra/
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