Diversidade étnica na construção da igualdade no CEMAP: Memorial descritivo 2014

Memorial descritivo 2014

Diálogo dos textos e contextos da realidade da escola

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Marco Antonio Pimenta

NRE: Maringá

CHEFIA DO NRE: Maria Inês Teixeira Barbosa

DIRETOR: Jocel José de Sousa

EQUIPE PEDAGÓGICA: Alessandra Guidolin Campos e Márcia de Oliveira

COORDENADORA: Laura Lopes de Paiva

INTEGRANTES DA EQUIPE:

Alessandra Guidolin Campos – Área de Humanas

Alzira Maria Miotto Xavier – Agente Educacional 1

Aparecida do Carmo Crecencio – Agente Educacional 1

Eliane Boaventura S. Sá Ponhozi – Área de Humanas

Elizabete dos Santos Meirelles - Área de Humanas

Gislaine Souza Coqueiro - Área de Humanas

Laura Lopes de Paiva - Área de Humanas

Luci Martins Ramos - Área de Exatas

Lucieny Aparecida Rocha Santos - Agente Educacional 2

Luzia Aparecida dos Santos - Área de Humanas

Márcia de Oliveira - Área de Humanas

Maria de Fatima Belvis Fermino - Agente Educacional 1

Regina Sanches Fujisaki - Representante das Instâncias Colegiadas

Rosangela Pacheco de Sá Parolin - Área de Exatas

Rose Alves Cabral - Agente Educacional 1

Silmara Santos Pinheiro - Agente Educacional 2

Zenilda Detone dos Reis - Agente Educacional 1

CONTATO: ((044) 30265082 (044) 91029436 E-mail laurapaiva@seed.pr.gov.br laura.paiva@hotmail.com Laura Lopes de Paiva Coordenadora da Equipe)

MEMORIAL DESCRITIVO 2014

1) CONTEXTUALIZAÇÃO

(Neste campo, deverão conter: a memória das ações da EM no período de 2010-2013 e o Diagnóstico atual do estabelecimento de ensino).

A memória das ações da EM no período de 2010

As atividades desenvolvidas até 2010 eram realizadas comumente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Literaturas, Artes, Educação Física e História de forma isolada, pois ainda não havia uma EM. Embora os professores dessas disciplinas, organizavam uma atividade interdisciplinar com alunos do Ensino Fundamental e Médio, envolvendo diversos temas, entre eles, sempre havia um trabalho temático abordando o preconceito nas mais diversas ocorrências.

Naquela época alguns professores participaram de cursos de capacitação e formação continuada oferecidos pela UFRJ UFPR UEPG UEM e SEED sobre Etnia, Gênero e Diversidade. A partir daí iniciou-se um breve estudo a respeito da História e Cultura Afro-brasileira no reconhecimento da influência da cultura brasileira, bem como, a assuntos pertinentes ao gênero e diversidade.

Em Língua Portuguesa e Literaturas o assunto era abordado sempre que suscitava no conteúdo em se tratando de obras literárias, discutia-se o contexto histórico do período literário, autor e obra, contextualizando na contemporaneidade, no resgate da função político-social em denunciar as mazelas da sociedade e humanizar seus membros. Além de fazer as intervenções quando surgia caso de enfrentamento ao preconceito, discriminação e exclusão motivadas pela identidade de gênero e orientação sexual na comunidade escolar sejam entre estudantes e educadores no momento em que se fizesse necessário.

A memória das ações da EM no período de 2011

Em 2011 houve um progresso nas ações apesar de ainda não existir uma EM, a abordagem ocorria, conforme o assunto surgisse e sempre levando em consideração o resgate da função político-social em denunciar qualquer manifestação de preconceito. Os cursos realizados no ano anterior possibilitaram uma nova visão da realidade em relação a determinados fatos, atitudes e comportamentos.

Antes de iniciar o curso acreditava-se que o preconceito era ínfimo, já superado, no entanto, ele permanece velado. Da mesma forma a desigualdade que juntos precisamos agir na desconstrução da ideia equivocada do “natural” quanto ao gênero, à diversidade e à marginalização.

Foram muitas experiências vivenciadas na prática pedagógica, elas ficaram mais em evidência a cada execução, é como se olhos fossem desvendados.

Uma experiência significativa foi com vídeo “O poder da Mídia” esclareceu que estão arraigadas na maioria dos grupos societários a desigualdade e marginalização e parece estar no interior da pessoa a “cultura” da diferença humana e social, no caso relatado no vídeo, o primeiro a ser suspeito foi o rapaz negro e equívoco. Parece ser tudo normal que muitas vezes não prestamos atenção ao processo discriminatório e vemos com naturalidade o absurdo e continuamos a afirmar que fazemos parte de uma diversidade que embeleza mais ainda o país, portanto, vivemos uma hipocrisia.

Outra reflexão marcante foi a discrepância entre teoria e prática de um assunto bastante simples como o conceito de diversidade cultural: a associação das diferentes culturas existentes. A expressão manifestação cultural no tempo e no espaço, certamente, a cada dia somos revitalizados, somos novos e muitos de nossos valores são lapidados, restaurados, com um desejo não utópico é que possamos viver uma sociedade mais humana, igualitária que se possa conhecer a beleza da cultura brasileira. Algumas práticas pedagógicas tornaram-se propostas de trabalhos apresentadas para outros educadores, por exemplo: NRE-Itinerante e Encontro de Educadores Negros e Festival Afro-brasileiro.

A memória das ações da EM no período de 2012

A primeira EM foi constituída, conforme as orientações recebidas da SEED/NRE, contudo, permaneceu apenas na documentação, pois alguns professores indicados para composição da EM não foram consultados previamente e também não possuíam habilidades com os recursos tecnológicos. As atividades continuaram a ser desenvolvidas da mesma forma que ocorrera nos anos anteriores na escola e com apresentações fora da escola, mesmo que desvinculadas da proposta da EM.

A memória das ações da EM no período de 2013

No final do mês de setembro desse ano, a EM foi reconstituída, devido às solicitações do NRE. A partir daí, foi realizado o Curso de Formação Continuada com professores interessados, além de componentes da EM, foi criado o blog http://multidisciplinarcemap.blogspot.com.br/ para postagens das atividades realizadas por professores e alunos com a participação de toda comunidade escolar.Com a

Efetivação da EM as atividades pertinentes à história e cultura africana, e, afro-brasileira foram desenvolvidas ao longo do período letivo em diversas disciplinas: Língua Portuguesa, Arte, História, Sociologia, Filosofia, Matemática e Biologia, conforme relato a seguir. Todas as atividades realizadas com o objetivo de desconstruir e desnaturalizar o preconceito na comunidade escolar e no exercício da cidadania.

Assim que se constituiu a Equipe Multidisciplinar foi oferecido um curso de capacitação para a maioria dos membros da Equipe e demais interessados da comunidade escolar. O referido curso contou com a participação de quatorze professores: Doralice Ferrareze dos Santos (Língua Inglesa), Eliane Boaventura da Silva Sá Ponhozi (Arte), Elizabete dos Santos Meirelles (Língua Portuguesa), Fernando César Fernandes (Educação Física), Jocel José de Sousa (Geografia), Laura Lopes de Paiva (Língua Portuguesa), Louise Akemi Sousa (Sociologia), Luci Martins Ramos (Matemática), Márcia de Oliveira (Pedagoga), Maria Anunciata Albanez (Biologia), Romeu Vieira (História), Ruth dos Santos (História), Silvia Miotto (Geografia) e Telma da Silva Rodrigues (Pedagoga).

Com o seguinte conteúdo programático: Estudar o Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar e plano de trabalho; Conhecer as Leis 10.s/03; 11.645/08, sobre a obrigatoriedade de incluir no Currículo Escolar as discussões à História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena; Resolução 01/04 Conselho Nacional de Educação, que Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena. No intuito de compreender o objetivo e a importância de conhecer e se fazer conhecer as leis; Estudo sobre a África na antiguidade nos continentes africanos, em especial, com os professores de História e Arte do Ensino Fundamental; Analisar o desenvolvimento dos trabalhos propostos, discussão sobre a desmistificação da África, do negro na história; Redefinição de conceitos sobre raça x racismo, étnica x cultura e políticas públicas; Participar de palestras com palestrantes da própria escola; Participar de oficinas de história e cultura afro, nos seguintes eventos: semana cultural; artesanato, dança afro, culinária; moda, customização de roupas; cartazes; Participar de curso de extensão a distância educação das relações etnico-raciais; Participar de Festival Afro-Brasileiro; Participar de sessões de vídeo sobre etnia racial e sua influência religiosa nas áreas de Biologia, História, Geografia, Língua Portuguesa e Arte.

O curso oferecido pela Equipe Multidisciplinar possibilitou uma nova visão da realidade preconceituosa em relação a determinados fatos, atitudes e comportamentos. Antes de iniciar o curso o preconceito parecia ínfimo, já superado, no entanto, ele permanece velado. Precisamos agir na desconstrução da ideia equivocada do “natural” quanto à diversidade e a marginalização do afrodescendente.

O conteúdo programático do curso foi organizado da seguinte forma: a) Estudar o Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar - 06 h; b) Conhecer as Leis 10.s/03;11.645/08, sobre a obrigatoriedade de incluir no Currículo Escolar as discussões à História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena - 06 h; c) Resolução 01/04 Conselho Nacional de Educação, que Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena - 06 h; d) Estudo sobre a África na antiguidade nos continentes africanos, em especial, com os professores de História e Arte do Ensino Fundamental - 06 h; e) Analisar o desenvolvimento dos trabalhos propostos, discussão sobre a desmistificação da África, do negro na história - 06 h; f) Realização de palestras com palestrantes da própria escola - 06 h; g) Oficinas de apresentações da história e cultura afro no dia da Consciência Negra - 06 h; h) Atividades extras de leitura, reflexão e participação no blog http://multidisciplinarcemap.blogspot.com.br/ - 18h.

Desta forma, foram realizadas as ações da EM na comunidade escolar que é um espaço onde diversas vozes se manifestam em relação à História e cultura africana e cultura indígena, desde alimentação, bebidas medicinais, religiosidade, usos e costumes contudo, o conhecimento científico deve ter prioridade para que se possa construir o ensino-aprendizagem e desconstruir o preconceito.

Diagnóstico atual do estabelecimento de ensino

A Equipe Multidisciplinar no colégio está fundamentada nos pressupostos teóricos da Resolução n° 3399/2010 que define os critérios de composição e indica as atribuições e a organização do trabalho das Equipes Multidisciplinares nos Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual de Educação. Compete à Equipe Multidisciplinar das escolas da Educação Básica. Elaborar e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho Escolar e as orientações do DEDI/SUED, com conteúdos e metodologias, sobre o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena; subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os professores na elaboração do Plano de Trabalho docente; realizar formação permanente com os/as demais profissionais de educação e comunidade escolar, referente o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, conforme orientações expedidas pelo DEDI/SUED; subsidiar os/as professores/as, equipe pedagógica, gestores/as, funcionários/as e alunos/as na execução de ações que efetivem Plano de Ação; subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de enfrentamento ao preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar, apoiando professores/as, equipe pedagógica, direção, funcionários/as, pais, mães e alunos/as; registrar e encaminhar ao Conselho Escolar e outras instâncias, quando for o caso, as situações de discriminação, preconceito racial e racismo, denunciadas nos estabelecimentos de ensino; subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

O Plano de Ação para a gestão de 2014 deste colégio foi reelaborado com base nos dados do último Plano de Ação e o Projeto Político Pedagógico, pretende trabalhar de forma compartilhada por meio do colegiado escolar formado por pais, alunos, agentes educacionais, professores, pedagogos e diretor. As ações foram desenvolvidas de forma a se encontrar em conjunto as soluções para as questões do ensino na aprendizagem e a permanência do aluno na escola. Através deste trabalho em conjunto buscou-se diminuir as dificuldades encontradas, procurando oportunizar um ambiente escolar agradável, proporcionando uma melhora na qualidade de ensino na aprendizagem, tendo como desafio as novas políticas públicas educacionais.

Neste ano a Equipe Multidisciplinar passou por algumas alterações em relação ao ano anterior, alguns componentes foram substituídos por serem removidos para outras escolas ou estarem comprometidos com outros eventos na data destinada ao Encontro de Capacitação. Contudo na prática pedagógica foram realizadas diversas atividades com o objetivo de desconstruir o preconceito na comunidade escolar e no exercício da cidadania. Todas atividades pertinentes à história e cultura africana, afro-brasileira e, indígena foram desenvolvidas ao longo do período letivo em diversas disciplinas: Língua Portuguesa, Arte, História, Sociologia, Matemática e Biologia, conforme relato a seguir.

Assim que se constituiu a Equipe Multidisciplinar foi oferecido um curso de capacitação para os membros da EM e demais interessados da comunidade escolar. O referido curso contou com a participação de doze educadoras: Alessandra Guidolin Campos (Pedagoga), Eliane Boaventura da Silva Sá Ponhozi (Arte), Elizabete dos Santos Meirelles (Língua Inglesa), Laura Lopes de Paiva (Língua Portuguesa), Luzia Aparecida dos Santos (Língua Portuguesa), Márcia de Oliveira (Pedagoga), Lucieny Aparecida Rocha Santos (Agente Educacional 2), Alzira Maria Miotto Xavier, Aparecida do Carmo Crecencio, Maria de Fatima Belvis Fermino, Rose Alves Cabral, Zenilda Detone dos Reis (Agente Educacional 1). Justificamos que não foi possível a participação da Equipe em sua totalidade, devido às normas estabelecidas pela SEED/NRE. Outro fator desmotivante, foi a redução da carga horária para a certificação de 44h, considerando que a carga horária dedicada às atividades propostas pela Equipe Multidisciplinar ultrapassa bastante à referida carga horária para obtenção dos certificados.

Os encontros de formação continuada orientados com subsídios do caderno “Diálogo dos textos e contextos da realidade da escola” como forma de aprofundamento teórico-metodológico para inserção no currículo escolar e acompanhamento, assessoramento e monitoramento das ações na prática pedagógica apresentavam o seguinte conteúdo programático, os quais foram estudados nesta ordem, no primeiro encontro: Base legal sobre a obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e da Educação para as Relações Étnico-Raciais; no segundo encontro: Os sujeitos das Leis Nº 10.639/03 e Nº 11.645/08: a população negra e indígena no Paraná e no Brasil; no terceiro encontro: Relações Étnico-Raciais na escola; no quarto encontro Dimensão étnico-racial e a prática pedagógica; no quinto encontro: Os conteúdos de História da África e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena nas disciplinas do currículo; no sexto encontro: Os conteúdos de História da África e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena no currículo das disciplinas; no sétimo encontro: Saberes científicos e saberes tradicionais: limites e possibilidades; no oitavo encontro: Dimensão étnico-racial e a prática pedagógica; no nono encontro: Os conteúdos de História da África e cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena no currículo das disciplinas; no décimo encontro: O seminário e a semana da consciência negra.

Ressaltamos que as atividades sugeridas para a referida semana da consciência negra foram adaptadas apenas para o dia 20/11, considerando que no mês de outubro, a escola organizou a “semana de integração família na escola” e por esse motivo, foi realizado o seminário com a ministração dos alunos do Ensino Médio envolvendo toda a escola, além de apresentações de musical, poemas, teatro, painéis, merenda, sessões de vídeo, degustação de bebidas e alimentos, e uma merenda escolar especial da cultura afro.

Salientamos ainda que no decorrer do ano letivo diversas as atividades foram realizadas, conforme consta no Plano de Ação, pela própria Equipe Multidisciplinar e por outros professores que desenvolveram à temática, conforme, relato a seguir:

a) Dança cultural – Atividade: apresentação cultural realizada pelas professoras Rosilene de Fátima Garcia Lima – Português e Sueli Evangelista dos Santos, desenvolveram com alunos de 6ºano do período da tarde sobre as raças de formação étnica do Brasil: índio, negro e branco. Com a música “Canto das três raças” da cantora Clara Nunes; foram convidados meninos e meninas do 6º ano B,C e D formando um grupo de oito, sendo três meninos: dois capoeiras e um índio e duas meninas como índias e três meninas representando o branco; foi elaborado uma coreografia para a música, houve caracterização dos alunos e apresentação realizada na semana da família na escola.

b) As professoras Ruth dos Santos de História e Maiza de Oliveira Buzeli de Português, trabalharam produção de textos sobre o tema e a importância da valorização do homem independente de cor.

c) A professora Rosanira Ribeiro da Silva de Inglês, realizou:

a) Montagem de uma sala com exposição de trabalhos feitos pelos alunos sobre a importância da cultura africana na construção da nossa identidade;

b) Entrevistas feita pelos alunos sobre o preconceito e como o negro visto na sociedade hoje;

c) Exposição sobre a Influência da cultura negra: na culinária, esporte na arte, na música e na dança.

Algumas programações foram planejadas para o próximo ano, resultado do trabalho em grupo realizado no último encontro de Formação em Ação de 2014, são elas:

a) Proposta de trabalho interdisciplinar “A influência da Cultura indígena na alimentação dos brasileiros” Conteúdo estruturante: Discurso como prática social. Problematização: Conhecimento limitado da contribuição indígena na alimentação brasileira. Leitura estudos: Desafios contemporâneos indígenas – SEED – para professor e aluno. Etapa: Ensino Fundamental e Médio. Aulas: 10. Conteúdos específicos: 1) Composição química da mandioca e seus derivados – Química; 2) No Paraná quais as regiões que mais produzem mandioca e quais tribos mais cultivam até os dias de hoje – Geografia; 3) Grandezas e medidas, proporcionalidade, regra de três (Ensino Fundamental) e utilização de dados estatísticos de produção de mandioca no Paraná, gráficos, tabelas, estatística (Ensino Médio) – Matemática; Dicionário ilustrados de vocábulos indígenas – Inglês; Valor nutricional e calórico da tapioca apresentação com degustação – Ciências; Colagem e textura da casca da mandioca – Arte; Relato de experiência sobre a tapioca e o conhecimento da família através de entrevista e apresentação oral, elaborar textos instrucionais relacionados ao consumo desses alimentos, Interpretação de textos variados abordando temas relacionados à fome no Paraná. Debater com os alunos sobre a sedução publicitária e o consumo inconsequente – Português; Dia do índio apresentação nas salas de aula. Recursos: TV Multimídia e Datashow; Quadro e giz; Texto impresso; Lousa digital; Balança; Fogareiro/gás; Vidraria; Peneira; - Amostra de mandioca; Reagente; Mapa; Tabela periódica; Dicionário inglês-português.

b) b) Semana da consciência negra e diversidade étnica. Disciplinas envolvidas: Geografia e História: O contexto Diáspora Africana, Quilombos e Quilombolas, questão étnica brasileira; Geografia: Localização dos Quilombolas no Paraná. O Continente Africano e suas relações com o Brasil. A contribuição da diversidade étnica para a formação do território; História e Ensino Religioso: O contexto histórico das questões étnicas e raciais do Brasil: Matemática, Ciências, Português: A literatura e as artes presentes na diversidade étnica brasileira; Português e Espanhol, e Inglês: Destaques nacionais e internacionais de personalidades; Geografia, História , Português e Artes, todas: A contribuição da Cultura Afro Brasileira na formação do povo brasileiro; Matemática, Química e Física: Análise quantitativa das questões socioeconômicas das famílias; Sociologia, Ensino Religioso e Filosofia: As questões sociais, religiosas e culturais presentes na diversidade étnica brasileira; Química: A química na estética; Arte: A cultura da diversidade étnica brasileira; Educação Física: Jogos, danças, brinquedos e brincadeiras presentes na diversidade étnica; Ciências e Biologia: Contribuição da cultura Afro e da diversidade étnica e racial para a formação do povo brasileiro; e demais, conforme, o professor se interessar no tema. Etapa: Ensino Fundamental e Médio. Recursos a serem utilizados: Vídeo sobre a temática (O Povo Brasileiro); instrumentos matemáticos, instrumentos cartográficos, textos impressos, livros de literatura, livros paradidáticos, Material didático da Professora PDE “Maria Aparecida Gomes – O ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana sob a perspectiva geográfica e cartográfica”, Multimídia, Internet, entre outros. A semana temática será na qual compreenderá o dia 20 de novembro, dia nacional da consciência negra. Trabalhar esse tema é o primeiro passo na trilha da reconstrução de uma face de nosso passado que é a formação do território brasileiro em seus aspectos socioculturais e econômicos, que ainda é vista com preconceitos na sociedade brasileira e paranaense. Considerando a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e Africana na Educação Básica de todo o país, proposta pela Lei 10.639/03, que é ampla nos seus aspectos sociais, pois liga dois espaços geográficos continentais: África e Brasil, através de um período histórico e cultural longo, tendo como principal tarefa fazer a ponte de conhecimentos entre os elementos da historiografia e da cultura africana aos dos afrodescendentes que repercutem em âmbito local, regional e global. É de fundamental importância o envolvimento dos profissionais da educação com a referida temática, contudo esta proposta planejada para o próximo ano, não condiz com a prática pedagógica realizada neste colégio. Fato que comprova a necessidade de que todos profissionais da educação conheçam planos, projetos que estão em desenvolvimento. O colégio desenvolve desde 2008 a temática com participação de professores do Ensino Fundamental e Médio em cursos e eventos interno e externo, e a Equipe Multidisciplinar já está em sua terceira gestão com formação continuada e prática pedagógica, conforme trabalhos publicados no Portal diaadiaeducaçao, http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=312 http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=312 no blog etnicorracial, atualmente no blog http://multidisciplinarcemap.blogspot.com.br, isto é, 2013 e 2014.

Grande parte dessas atividades realizadas ou programadas já estão publicadas no blog http://multidisciplinarcemap.blogspot.com.br

Enfim, foram muitas experiências vivenciadas na prática pedagógica, após a constituição da Equipe Multidisciplinar, elas ficaram mais em evidência, nossos olhos foram desvendados, a seguir o relato de experiências pessoais mais significativas. Ressalta-se que dessas experiências, algumas são de Agentes Educacionais 1 membros da Equipe Multidisciplinar.

“Na minha família sempre esteve presente o racismo e o preconceito, desde criança eu já presenciava muitas situações constrangedoras. Com relação a esses assuntos há muitas palestras e muitas pessoas que lutam por um mundo onde não haja separação entre as pessoas sejam negras, brancas, pobres. Porém há muita luta ainda pela frente, tendo em vista, que mesmo o país crescendo e evoluindo, ainda se engatinha contra o racismo. A própria família é racista e preconceituosa como na minha por exemplo, que há uma mistura de raças, cores e níveis sociais, mas para que trouxesse essa mistura tivemos que lutar contra o preconceito dos próprios pais e avós que sempre foram racistas”. Aparecida do Carmo Crecencio.

“Quando nova comecei a namorar, com aquele que é hoje é meu marido. Para mim e meus pais era tudo normal, mas para meu avô não, ele era muito racista e não aceitava o meu namoro por eu ser branca e o rapaz negro. Meu avô reclamava muito com a minha mãe e mandava ela me dizer que não aceitava outras raças na família. Eu não liguei, pois a bondade e o caráter estão no sangue e no coração e não na cor da pele”. Maria de Fatima Belvis Fermino.

“Sempre existiu preconceito em minha família. Meu pai era um homem muito preconceituoso, não gostava de negro e nem moreno, não deixava as filhas namorarem pessoas de cor, porque ele dizia que era caboclo. Só podíamos namorar italiano porque era a raça da família, assim vivi com todo preconceito dentro de minha casa”. Zenilda Detone dos Reis

2) DIMENSÃO ÉTNICO-RACIAL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA

(O campo deverá conter: 1. As estratégias pedagógicas utilizadas como elementos positivos e enriquecedores do processo educativo; 2. As estratégias de ação para a articulação dos segmentos e envolvimento da comunidade)

As atividades pedagógicas constituem-se nas estratégias que foram trabalhadas nesta escola as quais proporcionaram reflexões a respeito da diversidade, caracterizando-se assim como elementos positivos e enriquecedores do processo educativo.

Na Cultura Africana e Afro-brasileira as estratégias pedagógicas objetivaram a superação de situações de discriminação e racismo ainda presentes no cotidiano escolar, respeitando o pertencimento sociocultural e étnico-racial dos alunos e educadores, isto é, a pluralidade de sujeitos da comunidade escolar fosse contemplada.

Ainda romper com posicionamentos desarticulados dos conteúdos estudados nas Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, buscando a valorização e o reconhecimento da história da Cultura Africana e Afro-brasileira, costumes e tradições, ou seja, os etnoconhecimentos. Considerando que a África, por várias vezes, foi inventada com requintes de criatividade, ressaltando os aspectos negativos. Pois, é comum a mídia reiterar ideias de que este continente se constitui apenas pela fauna exuberante, tribos, pobreza e doenças, escondendo o patrimônio cultural diverso e rico. Assim, as práticas pedagógicas, ao oportunizaram o ensino dos valores civilizatórios africanos e brasileiros, e também, incorporaram a cosmovisão africana e afro-brasileira.

Ressalta-se que na cultura indígena há uma realidade singular que requer uma pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada povo ou comunidade e formação específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira. Assim, as atividades pedagógicas realizadas visavam à valorização plena das culturas dos povos indígenas e à afirmação e manutenção de sua diversidade étnica possibilitando à comunidade escolar a desconstrução de qualquer preconceito no estereótipo indígena, assumindo um compromisso com a história e o presente dos povos indígenas contribuindo para uma educação que reconheça, respeite e valorize esses povos.

Considerando que os saberes indígenas são muitos, como os expressos na etnomatemática, cuja definição refere-se à “aquisição de conhecimento”. Existem outros saberes que podem ser abordados como os relacionados à produção de cestaria, redes e linguagem, além de formas diversificadas de se relacionamento um com o outro, com o coletivo e com a natureza, de forma sustentável, por meio da organização social indígena, demonstrando um contraponto à sociedade capitalista.

Portanto, as estratégias pedagógicas somaram-se às estratégias de ação que oportunizaram o protagonismo dos educadores enquanto sujeitos de suas práticas pedagógicas e, ainda, visibilizaram o comprometimento com a cultura africana e afro-brasileira, e, cultura indígena.

A seguir o rol de ações transcritas do Plano de Ação, realizadas durante o ano letivo:

Cultura Africana e Afro-brasileira

1ª Ação – 20/04 - O encontro do individual com o social na poesia “Grito Negro” de Jose Craveirinha – (alunos do Ensino Médio – 1A B). Leitura do poema no livro didático Português Linguagens de Roberto & MAGALHÃES, Thereza Cochar. Interpretação, análise e discussão. Língua Portuguesa – Professora Laura

2ª Ação – 20/04 – Intertextualidade, análise e discussão Diálogo com a poesia contemporânea: Castro Alves, Adão Ventura e Lúcio Maia, Gilberto Gil entre outros – alunos do Ensino Médio 2 A - Língua Portuguesa – Professora Laura

3ª Ação – 22/04 – A trajetória do negro na literatura brasileira - Leitura de obras dos autores Lima Barreto e Monteiro Lobato – alunos do Ensino Médio 3 A - Língua Portuguesa – Professora Laura

4ª Ação – 20/05 – A contribuição de Jorge Amado na literatura brasileira da escravidão à cultura afro-brasileira - Modernismo –alunos do Ensino Médio 3A - Língua Portuguesa – Professora Laura

5ª Ação 02/06 – Imperialismo na África – alunos do Ensino Médio 2 A - Geografia – Professora Gislaine

6ª Ação 02/06 – Apresentar para os alunos do Ensino Médio a Equipe Multidisciplinar: proposta, objetivos e composição através de diálogo, esclarecimentos e orientações. Língua Portuguesa – Professora Laura

7ª Ação - 03/06 - Criar uma ilustração, desenho livre, para representar a Equipe Multidisciplinar (todos os alunos do Ensino Médio com habilidades no desenho). Postagem nas redes sociais e pátio. Língua Portuguesa – Professora Laura

8ª Ação - 05/06 - Criar um poema para representar a Equipe Multidisciplinar (alunos do terceiro ano). Postagem nas redes sociais e pátio. 3A Ensino Médio Língua Portuguesa – Professora Laura

9ª Ação – 05/06 - Discussões sobre recursos financeiros e gastos na construção dos estádios para os jogos da Copa do Mundo de 2014, conforme a mídia informava. Debate oral - exercícios de argumentação. 1A B Ensino Médio Língua Portuguesa – Professora Laura

10ª Ação – 12/06 - Analisar a temática que a Presidente Dilma afirmava: “Copa da paz e da igualdade” e observar durante os jogos as cenas de preconceitos e como desconstruí-los? (alunos do 1A e B). Observar, pesquisar, apresentação oral e escrita, cartazes para painel. Língua Portuguesa – Professora Laura

11ª Ação – 26/08 – Leitura do texto narrativo: “A doida” (livro didático da turma); Tema: Respeito ao próximo, idosos, deficientes. Estudo do texto: Compreensão, interpretação e linguagem. – 7º A – Língua Portuguesa – Professora Luzia

12ª Ação – 17/09 – Filme: kiriku (lendas africanas); Contribuição dos povos africanos – 7º A – Língua Portuguesa – Professora Luzia

13ª Ação - 17/09 – Concurso de redação. (todos os alunos do Ensino). Postagem nas redes sociais. Língua Portuguesa – Professora Laura

14ª Ação – 18/09 - leitura da lenda africana: Galinha d’angola - 6º A – Arte – Professora Eliane

15ª Ação – 18/09 - Audição da música: A galinha d’angola - 6º A – Arte – Professora Eliane

16ª Ação – 24/09 – Texto de campanha comunitária; Leitura de um texto de campanha comunitária (texto do livro didático); Estudo das características do texto de campanha comunitária; Temas: negros (racismo) e os temas pertinentes – 7º A – Língua Portuguesa – Professora Luzia

17ª Ação – 25/09 - Modelagem com argila – galinhas d’angola - 6º A – Arte – Professora Eliane

18ª Ação - 18/10 – Depoimentos de membros da EM a respeito de suas raízes genéticas e históricas. Com publicação no blog http://multidisciplinarcemap.blogspot.com.br/ - 10/10 - Agentes Educacionais

19ª Ação – 23/10 - Apreciação de imagens de máscaras africanas e sua influência nas obras de Pablo Picasso - 8º A – Arte – Professora Eliane

20ª Ação – 29/10 - Confecção de máscaras africanas (recorte em papel colorido) - 8º A – Arte – Professora Eliane

21ª Ação - 06/11 – Cotas o justo e injusto de Lyia Luft – Gênero textual Artigo de Opinião – (alunos do Ensino Médio – 1A B). Leitura, análise, debate e produção de texto. Com publicação de alguns no blog http://multidisciplinarcemap.blogspot.com.br/ - Língua Portuguesa – Professora Laura

22ª Ação - 17/11 – Análise literária do poema, apresentação de paródia e teatro. “Essa Nega Fulô” de Jorge de Lima – alunos do Ensino Médio 3 A - Língua Portuguesa – Professora Laura

23ª Ação - 18/11 – Produção de texto - resposta-argumentativa em resposta ao questionamento: 13 de MAIO Hoje amanheceu chovendo. É um dia simpático para mim. É o dia da Abolição. Dia que comemoramos a libertação dos escravos. (...) E assim no dia 13 de maio de 2008 eu lutava contra a escravatura atual: a fome! (JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo, 8. ed., p. 27.) Com base na leitura desse trecho, “20 de novembro Dia da Consciência negra, dia de formar conscientização para desconstruir o preconceito ou mais um dia para o descanso de muitos”

Análise literária do poema “Essa Nega Fulô” de Jorge de Lima – todos os alunos do 2 e 3 Ensino Médio - Língua Portuguesa – Professora Laura

24ª Ação – 17/11 – Recriar coreografias. Apresentação em sala de aula. 3A Língua Portuguesa – Professora Laura

25ª Ação – 17/11 – Criar paródias e teatro. Apresentação em sala de aula. 3A Ensino Médio - Língua Portuguesa – Professora Laura

26ª Ação – 20/11 – Criar HQ e álbum seriado com ilustração de poemas. Exposição no pátio. 1A Ensino Médio - Língua Portuguesa – Professora Laura

27ª Ação – 20/11 - Exposição dos textos de campanha comunitária – 7º A – Língua Portuguesa – Professora Luzia

28ª Ação - 20/11 – Consciência Negra no Gênero textual Instrucional/Receita. Proposta: “Conheça a contribuição da gastronomia africana na alimentação brasileira”. A culinária africana se tornou uma fonte de ingredientes, não só para o Brasil, mas para diversos países do mundo. “Conheça as plantas medicinais de origem afro e toda contribuição para a cultura brasileira” (alunos do 1B Ensino Médio). Observar, pesquisar, apresentação oral e escrita, cartazes para painel e publicação de alguns no blog http://multidisciplinarcemap.blogspot.com.br/ - Língua Portuguesa – Professora Laura

29ª Ação – 20/11 – Análise literária do conto Negrinha de Monteiro Lobato Intertextualidade, análise. Seminário e exposição painel – alunos do Ensino Médio 2 A - Língua Portuguesa – Professora Laura

30ª Ação – 20/11 – A presença do negro nos textos publicitários - 1º A – Português – Professora Laura

31ª Ação – 20/11 – Provérbios populares – desconstruindo preconceitos - 1º A – Português – Professora Laura

32ª Ação – 20/11 – Redefinição de conceitos raça, racismo e etnia. - 1º A – Português – Professora Laura

33ª Ação – 20/11 – Música Racismo é burrice” Álbum ilustrado - 1º A – Português – Professora Laura

34ª Ação – 20/11 – Seminário sobre a “Semana da Consciência Negra” História da África e cultura Afro-Brasileira, Africana - 1º A e B – Português – Professora Laura

Cultura Indígena

1ª Ação – 02/04 - Assistir ao filme Tainá para promover discussão sobre o conhecimento que o aluno tem sobre o indígena. 6º B – Inglês – Professora Elizabeth

2ª Ação – 03/04 - Artesanatos indígenas - Conversa sobre o que os alunos sabem sobre os indígenas – 7º A B C – Arte – Professora Eliane

3ª Ação – 10/04 - Artesanatos indígenas - apreciação de imagens dos variados artesanatos indígenas. – 7º A B C – Arte – Professora Eliane

4ª Ação - 11/04 - Realizar pesquisas, leituras e compreensão de diversas lendas indígenas, assim como o objetivo das mesmas. 6º B – Inglês – Professora Elizabeth

5ª Ação – 14/04 - Produção de HQs e/ou ilustração de lendas. 6º B – Inglês – Professora Elizabeth

6ª Ação – 17/04 - Artesanatos indígenas - desenho e pintura com guache de motivos indígenas – 7º A B C – Arte – Professora Eliane

7ª Ação – 25/04 - Dramatização de uma das lendas estudadas. 6º B – Inglês – Professora Elizabeth

8ª Ação – 25/04 - Pesquisar junto a família dos alunos se há ancestrais indígenas e promover um espaço para expor os resultados. (Mostra de pertences histórico-familiares) 9º A – Inglês – Professora Elizabeth

9ª Ação – 02/05 - Leitura e compreensão de textos em LEM (Inglês) de textos sobre etnia e diversidade (Ethnic Diversity in Brazil) 9º A – Inglês – Professora Elizabeth

10ª Ação – 02/05 - Elaboração e apresentação de gráficos com o resultado da pesquisa sobre a população brasileira de acordo com da cor pele e do número de tribos indígenas existentes no Paraná. 9º A – Inglês – Professora Elizabeth

11ª Ação – 20/05 - Leitura do texto: “As variedades linguísticas – As línguas no mundo” (Texto do livro didático sobre línguas indígenas no Brasil). – 6º A - Língua Portuguesa – Professora Luzia

12ª Ação – 30/05 – Retomada do conteúdo “As variedades linguísticas” – 6º A – Língua Portuguesa – Professora Luzia

13ª Ação – 04/11 – Pesquisa de palavras de origem indígena presentes em nosso dia a dia. – 6º A – Língua Portuguesa – Professora Luzia

14ª Ação – 04/11 – Confecção de um dicionário ilustrado: Palavras de origem indígena presentes em nosso vocabulário. – 6º A – Língua Portuguesa – Professora Luzia

15ª Ação – 20/11- Exposição do trabalho “Dicionário ilustrado”. – 6º A – Língua Portuguesa – Professora Luzia

16ª Ação – 20/11 – A história da tapioca com degustação - 7º A – Ciências – Professora Rosângela

17ª Ação – 20/11 – A história do chocolate com degustação e seminário sobre a “Semana da Consciência Negra” História da cultura indígena - 1º A – Português – Professora Laura

18ª Ação – 20/11 – Música indígena “raízes populares” - 1º A – Português – Professora Laura

Idosos

1ª Ação – 20/04 – Idoso, patrimônio ou estorvo? Leitura, debate e produção de texto argumentativo. Alunos do Ensino Médio – Língua Portuguesa – Professora Laura

2ª Ação – 26/08 – Leitura do texto narrativo: “A doida” (livro didático da turma); tema: Respeito ao próximo, idosos, deficientes. Estudo do texto: Compreensão, interpretação e linguagem. – 7º A – Língua Portuguesa – Professora Luzia

3ª Ação – 24/09 – Texto de campanha comunitária; Leitura de um texto de campanha comunitária (texto do livro didático); Estudo das características do texto de campanha comunitária; temas: idosos (valorização) e os temas pertinentes – 7º A – Língua Portuguesa – Professora Luzia

4ª Ação – 20/11 - Exposição dos textos de campanha comunitária – 7º A – Língua Portuguesa – Professora Luzia

5ª Ação – 20/11 – Educação familiar com idosos. - 1º A – Português – Professora Laura

Ciganos

1ª Ação – 20/11 – Origem, características, acampamentos na região noroeste, vida social e econômica dos ciganos - 1º A – Português – Professora Laura

Gênero e diversidade

1ª Ação – 02/03 – Desconstrução dos estereótipos: Masculino e Feminino. Alunos do Ensino Médio – Língua Portuguesa – Professora Laura

2ª Ação – 07/03 – Concurso de redação: Gênero e diversidade; papel da mulher na sociedade brasileira. Pesquisa, Leitura, debate e produção de texto argumentativo e narrativo. Alunos do Ensino Médio – Língua Portuguesa – Professora Laura

3ª Ação – 17/05 - Confecção de artesanato (fuxico) com o questionamento sobre o papel da mulher e do homem na atualidade – 7º A B C – Arte – Professora Eliane

3) AVALIAÇÃO DO PROCESSO

(Avaliação dos resultados (avanços e limites identificados).

Na perspectiva de fortalecer e alinhar o trabalho desenvolvido através da Equipe Multidisciplinar, avaliou-se os resultados alcançados, avanços e limites identificados. O primeiro obstáculo avaliado, no processo, foi a redução da carga horária destinada ao curso de formação, considerando todo compromisso e responsabilidade dos membros da equipe em disseminar o conteúdo apresentado, leituras, discussões, atividades burocráticas de registro e postagem das atividades; além de elaboração de atividades para aprofundamento com leituras, planejamentos e implementação na prática pedagógica.

Destacam-se também, o estudo realizado sobre as Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08; a oportunidade de estudar e conhecer a obrigatoriedade de incluir no Currículo Escolar as discussões à História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena; Resolução 01/04 – Conselho Nacional de Educação, que Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena; o exercício contínuo para promover a formação de conscientização dos educadores a respeito das Relações Étnico-Raciais para o Ensino de História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena. Bem como, despertar a importância do pertencimento da Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena na comunidade escolar, cidade, estado e país da etnia no que diz respeito a toda sociedade brasileira sobre negros e índios entre outros temas dos desafios contemporâneo: ciganos, gênero, idosos e meio ambiente; e algumas programações foram planejadas para o próximo ano, resultado do trabalho em grupo realizado no último encontro de Formação em Ação de 2014.

Diante das diversidades que a escola e em outros lugares onde convivemos apresentam, faz-se necessário o conhecimento de todos os tipos de etnias com suas culturas e que fazem parte deste contexto para que se reconheça seus valores. Visto que as Relações Étnico-Raciais da Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena estão presentes em nosso cotidiano em nosso falar e alimentação, o que muitas vezes nos passa despercebido, infelizmente. É inegável o espaço que a História e Cultura Afro ocupam em nossa vida e em toda cultura brasileira, presentes em todos os lugares e permeiam quase todas as atividades e ações humanas.

Assim, a escola não pode se eximir, no seu papel de formadora de cidadãos e de desenvolver um trabalho de reconhecimento da influência da história e cultura afro em relação à cultura brasileira, valorizando seu papel no contexto educacional, e também, do conhecimento historicamente acumulado e, ao mesmo tempo, levar o educando a utilizá-la de forma crítica e mais humana.

Desta forma, é possível afirmar que a Equipe Multidisciplinar possibilitou condições teórico-metodológicas para articulação e desenvolvimento de um trabalho dinâmico e comprometido na comunidade escolar, conforme, consta em seu Plano de Ação da Equipe.

4) NOVOS DESAFIOS

(Este campo deverá ser preenchido com as questões identificadas pela equipe como desafios a serem superados no estabelecimento com relação à implementação das Leis Nº 10.639/03 e Nº 11.645/08).

A partir das ações propostas no projeto da Equipe Multidisciplinar, pretende-se contribuir para a preservação e consolidação do diálogo, a adequação da linguagem e os conhecimentos produzidos na academia no âmbito escolar. Dentre os objetivos específicos, que podemos considerar como desafios enumeramos: diagnosticar as carências e demandas da comunidade; atualizar as abordagens e os conteúdos relativos às culturas indígenas e afro-brasileira, aplicados no ensino Fundamental e Médio; desenvolver e aperfeiçoar técnicas e metodologias no ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena; instrumentalizar teórica e conceitualmente professores do Ensino Médio e Fundamental para lidarem com os conteúdos propostos pelas Leis 10.639/03 e 11.645/08.

É relevante passo importante que o Brasil dá no sentido de resgatar as contribuições dos povos negros e indígenas nas áreas social, econômica e política do país. Considerando que o ser humano se constitui por meio de um processo complexo: somos ao mesmo tempo semelhantes (enquanto gênero humano) e muito diferentes (enquanto forma de realização do humano ao longo da história e da cultura). Desta forma, é possível reafirmar o fato de que todos seres humanos apresentam em suas semelhanças as diferenças de gênero, etnia, idades, culturas, experiências entre outros

É preciso desnaturalizar no imaginário e na crendice popular vários conceitos que acabam por deturpar o real significado dos saberes tradicionais dos povos negros. Da mesma forma, é necessário desmistificar a cultura das elites portuguesas e brasileiras, nas áreas da música clássica, do teatro e das artes, pois elas apresentam um grau de dependência dos africanos e afrodescendentes.

Em relação à cultura indígena, associar aos conteúdos didáticos, desconstruir o estereótipo negativo que existe sobre o índio atual e valorizá-lo, pois as primeiras noções de química no Brasil surgiram com os indígenas. A produção de diversos medicamentos extraídos da natureza, a prática de desidratação e defumação de carnes para conservá-las está embutida de saberes químicos. A utilização de pinturas corporais que além de distinguir conforme a forma dos desenhos a posição de cada um dentro de sua comunidade servia também para afugentar mosquitos, pernilongos e proteger a pele dos raios ultravioletas. Além de que os princípios dos atuais protetores solares. Enfim, são inúmeras são as contribuições dos primeiros habitantes do país em nosso cotidiano e que de tão rotineiro acabam passando despercebidos no dia a dia.

Portanto, ainda há muitos desafios a serem superados na comunidade escolar, e a Equipe Multidisciplinar é a oportunidade de fomentar a temática envolvendo educadores, alunos e pais/responsáveis. Realmente a instituição escolar é o melhor palco para difusão desses conhecimentos, demonstrando que nenhuma cultura é superior à outra, todas tem suas peculiaridades e seus saberes, pois como afirma Paulo Freire: “A humildade exprime, uma das raras certezas de que estou certo: a de que ninguém é superior a ninguém.” Portanto, é preciso retomar a origem desses saberes, eles constituem-se em uma importante ferramenta para a valorização da cultura africana, afro-brasileira e indígena.

5) ARQUIVOS (IMAGENS E VÍDEO)

(Ao anexar o arquivo, referenciar a autoria, identificar a ação e o período).

As ações da EM na prática pedagógica foram registradas, também, com imagens e vídeos, contudo, não serão referenciadas neste memorial devido ao contexto final de período letivo, entretanto, grande parte estão disponíveis no blog http://multidisciplinarcemap.blogspot.com.br/

Secretaria de Estado da Educação do Paraná

Núcleo Regional de Educação de Maringá

Colégio Estadual Marco Antonio Pimenta - Ensino Fundamental e Médio

Memorial da Equipe Multidisciplinar

Maringá – Paraná

2014

Secretaria de Estado da Educação do Paraná

Núcleo Regional de Educação de Maringá

Colégio Estadual Marco Antonio Pimenta - Ensino Fundamental e Médio

Memorial da Equipe Multidisciplinar

Coordenação

Laura Lopes de Paiva

Equipe Pedagógica

Alessandra Guidolin Campos

Márcia de Oliveira

Professores da Área de Humanas

Eliane Boaventura S. Sá Ponhozi – Arte

Elizabete dos Santos Meirelles – Inglês

Gislaine Souza Coqueiro – Geografia

Laura Lopes de Paiva – Português

Luzia Aparecida dos Santos – Português

Viviane Akemi Takahashi Pradella – Educação Física

Professora da Área de Exatas

Luci Martins Ramos

Rosangela Pacheco de Sá Parolin – Matemática e Ciências

Agente Educacional 2

Lucieny Aparecida Rocha Santos

Silmara Santos Pinheiro

Agente Educacional 1

Alzira Maria Miotto Xavier

Aparecida do Carmo Crecencio

Maria de Fatima Belvis Fermino

Rose Alves Cabral

Zenilda Detone dos Reis

Representante das Instâncias Colegiadas

Regina Sanches Fujisaki - APMF

Maringá – Paraná

2014

Os encontros de formação continuada orientados com subsídios do caderno “Diálogo dos textos e contextos da realidade da escola” como forma de aprofundamento teórico-metodológico para inserção no currículo escolar e acompanhamento, assessoramento e monitoramento das ações na prática pedagógica apresentavam o seguinte conteúdo programático, os quais foram estudados nesta ordem, no primeiro encontro: Base legal sobre a obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e da Educação para as Relações Étnico-Raciais; no segundo encontro: Os sujeitos das Leis Nº 10.639/03 e Nº 11.645/08: a população negra e indígena no Paraná e no Brasil; no terceiro encontro: Relações Étnico-Raciais na escola; no quarto encontro Dimensão étnico-racial e a prática pedagógica; no quinto encontro: Os conteúdos de História da África e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena nas disciplinas do currículo; no sexto encontro: Os conteúdos de História da África e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena no currículo das disciplinas; no sétimo encontro: Saberes científicos e saberes tradicionais: limites e possibilidades; no oitavo encontro: Dimensão étnico-racial e a prática pedagógica; no nono encontro: Os conteúdos de História da África e cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena no currículo das disciplinas; no décimo encontro: O seminário e a semana da consciência negra.

Ressaltamos que as atividades sugeridas para a referida semana da consciência negra foram adaptadas apenas para o dia 20/11, considerando que no mês de outubro, a escola organizou a “semana de integração família na escola” e por esse motivo, foi realizado o seminário com a ministração dos alunos do Ensino Médio envolvendo toda a escola, além de apresentações de musical, poemas, teatro, painéis, merenda, sessões de vídeo, degustação de bebidas e alimentos, e uma merenda escolar especial da cultura afro.

Salientamos ainda que no decorrer do ano letivo diversas as atividades foram realizadas, conforme consta no Plano de Ação, pela própria Equipe Multidisciplinar e por outros professores que desenvolveram à temática, conforme, relato a seguir:

a) Dança cultural – Atividade: apresentação cultural realizada pelas professoras Rosilene de Fátima Garcia Lima – Português e Sueli Evangelista dos Santos, desenvolveram com alunos de 6ºano do período da tarde sobre as raças de formação étnica do Brasil: índio, negro e branco. Com a música “Canto das três raças” da cantora Clara Nunes; foram convidados meninos e meninas do 6º ano B,C e D formando um grupo de oito, sendo três meninos: dois capoeiras e um índio e duas meninas como índias e três meninas representando o branco; foi elaborado uma coreografia para a música, houve caracterização dos alunos e apresentação realizada na semana da família na escola.

b) As professoras Ruth dos Santos de História e Maiza de Oliveira Buzeli de Português, trabalharam produção de textos sobre o tema e a importância da valorização do homem independente de cor.

c) A professora Rosanira Ribeiro da Silva de Inglês, realizou:

a) Montagem de uma sala com exposição de trabalhos feitos pelos alunos sobre a importância da cultura africana na construção da nossa identidade;

b) Entrevistas feita pelos alunos sobre o preconceito e como o negro visto na sociedade hoje;

c) Exposição sobre a Influência da cultura negra: na culinária, esporte na arte, na música e na dança.

Algumas programações foram planejadas para o próximo ano, resultado do trabalho em grupo realizado no último encontro de Formação em Ação de 2014, são elas:

a) Proposta de trabalho interdisciplinar “A influência da Cultura indígena na alimentação dos brasileiros” Conteúdo estruturante: Discurso como prática social. Problematização: Conhecimento limitado da contribuição indígena na alimentação brasileira. Leitura estudos: Desafios contemporâneos indígenas – SEED – para professor e aluno. Etapa: Ensino Fundamental e Médio. Aulas: 10. Conteúdos específicos: 1) Composição química da mandioca e seus derivados – Química; 2) No Paraná quais as regiões que mais produzem mandioca e quais tribos mais cultivam até os dias de hoje – Geografia; 3) Grandezas e medidas, proporcionalidade, regra de três (Ensino Fundamental) e utilização de dados estatísticos de produção de mandioca no Paraná, gráficos, tabelas, estatística (Ensino Médio) – Matemática; Dicionário ilustrados de vocábulos indígenas – Inglês; Valor nutricional e calórico da tapioca apresentação com degustação – Ciências; Colagem e textura da casca da mandioca – Arte; Relato de experiência sobre a tapioca e o conhecimento da família através de entrevista e apresentação oral, elaborar textos instrucionais relacionados ao consumo desses alimentos, Interpretação de textos variados abordando temas relacionados à fome no Paraná. Debater com os alunos sobre a sedução publicitária e o consumo inconsequente – Português; Dia do índio apresentação nas salas de aula. Recursos: TV Multimídia e Datashow; Quadro e giz; Texto impresso; Lousa digital; Balança; Fogareiro/gás; Vidraria; Peneira; - Amostra de mandioca; Reagente; Mapa; Tabela periódica; Dicionário inglês-português.

b) b) Semana da consciência negra e diversidade étnica. Disciplinas envolvidas: Geografia e História: O contexto Diáspora Africana, Quilombos e Quilombolas, questão étnica brasileira; Geografia: Localização dos Quilombolas no Paraná. O Continente Africano e suas relações com o Brasil. A contribuição da diversidade étnica para a formação do território; História e Ensino Religioso: O contexto histórico das questões étnicas e raciais do Brasil: Matemática, Ciências, Português: A literatura e as artes presentes na diversidade étnica brasileira; Português e Espanhol, e Inglês: Destaques nacionais e internacionais de personalidades; Geografia, História , Português e Artes, todas: A contribuição da Cultura Afro Brasileira na formação do povo brasileiro; Matemática, Química e Física: Análise quantitativa das questões socioeconômicas das famílias; Sociologia, Ensino Religioso e Filosofia: As questões sociais, religiosas e culturais presentes na diversidade étnica brasileira; Química: A química na estética; Arte: A cultura da diversidade étnica brasileira; Educação Física: Jogos, danças, brinquedos e brincadeiras presentes na diversidade étnica; Ciências e Biologia: Contribuição da cultura Afro e da diversidade étnica e racial para a formação do povo brasileiro; e demais, conforme, o professor se interessar no tema. Etapa: Ensino Fundamental e Médio. Recursos a serem utilizados: Vídeo sobre a temática (O Povo Brasileiro); instrumentos matemáticos, instrumentos cartográficos, textos impressos, livros de literatura, livros paradidáticos, Material didático da Professora PDE “Maria Aparecida Gomes – O ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana sob a perspectiva geográfica e cartográfica”, Multimídia, Internet, entre outros. A semana temática será na qual compreenderá o dia 20 de novembro, dia nacional da consciência negra. Trabalhar esse tema é o primeiro passo na trilha da reconstrução de uma face de nosso passado que é a formação do território brasileiro em seus aspectos socioculturais e econômicos, que ainda é vista com preconceitos na sociedade brasileira e paranaense. Considerando a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e Africana na Educação Básica de todo o país, proposta pela Lei 10.639/03, que é ampla nos seus aspectos sociais, pois liga dois espaços geográficos continentais: África e Brasil, através de um período histórico e cultural longo, tendo como principal tarefa fazer a ponte de conhecimentos entre os elementos da historiografia e da cultura africana aos dos afrodescendentes que repercutem em âmbito local, regional e global. É de fundamental importância o envolvimento dos profissionais da educação com a referida temática, contudo esta proposta planejada para o próximo ano, não condiz com a prática pedagógica realizada neste colégio. Fato que comprova a necessidade de que todos profissionais da educação conheçam planos, projetos que estão em desenvolvimento. O colégio desenvolve desde 2008 a temática com participação de professores do Ensino Fundamental e Médio em cursos e eventos interno e externo, e a Equipe Multidisciplinar já está em sua terceira gestão com formação continuada e prática pedagógica, conforme trabalhos publicados no Portal diaadiaeducaçao, no blog etnicorracial e atualmente no blog multidisciplinarcemap, isto é, 2013 e 2014.

Dessas atividades realizadas ou programadas já estão publicadas no blog http://multidisciplinarcemap.blogspot.com.br

Na minha família sempre esteve presente o racismo e o preconceito, desde criança eu já presenciava muitas situações constrangedoras. Com relação a esses assuntos há muitas palestras e muitas pessoas que lutam por um mundo onde não haja separação entre as pessoas sejam negras, brancas, pobres. Porém há muita luta ainda pela frente, tendo em vista, que mesmo o país crescendo e evoluindo, ainda se engatinha contra o racismo. A própria família é racista e preconceituosa como na minha por exemplo, que há uma mistura de raças, cores e níveis sociais, mas para que trouxesse essa mistura tivemos que lutar contra o preconceito dos próprios pais e avós que sempre foram racistas. Aparecida do Carmo Crecencio.

Quando nova comecei a namorar, com aquele que é hoje é meu marido. Para mim e meus pais era tudo normal, mas para meu avô não, ele era muito racista e não aceitava o meu namoro por eu ser branca e o rapaz negro. Meu avô reclamava muito com a minha mãe e mandava ela me dizer que não aceitava outras raças na família. Eu não liguei, pois a bondade e o caráter estão no sangue e no coração e não na cor da pele. Maria de Fatima Belvis Fermino.

Sempre existiu preconceito em minha família. Meu pai era um homem muito preconceituoso, não gostava de negro e nem moreno, não deixava as filhas namorarem pessoas de cor, porque ele dizia que era caboclo. Só podíamos namorar italiano porque era a raça da família, assim vivi com todo preconceito dentro de minha casa. Zenilda Detone dos Reis