terça-feira, 1 de outubro de 2013

CURSO FORMAÇÃO EAD DIVERSIDADE E INCLUSÃO



SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE MARINGÁ

CURSO FORMAÇÃO EAD DIVERSIDADE E INCLUSÃO

P L A N O  D E   A Ç Ã O

 Período: 01/10/13 a 13/12/13
Colégio Estadual Marco Antonio Pimenta – Ensino Fundamental e Médio

Diversidade Escolar - Escolas do Campo, Escolas Indígenas e Escolas Quilombolas
Representante do Grupo: Márcia de Oliveira

Cursistas:
Adelirian Martins Lara Lopes
Doralice Ferrareze dos Santos
Eliane Boaventura da Silva Sá Ponhozi
Elizabete dos Santos Meireilles de Oliveira

Fernando César Fernandes

Jocel Jose de Souza
Laura Lopes de Paiva
Luci Martins Ramos

Lucieny Aparecida Rocha Santos 

Márcia de Oliveira

Maria Anunciata Albanez

Ruth dos Santos  
Silvia Miotto  
Tatiane de Souza Teixeira Perdigão

Telma da Silva Rodrigues



1.                   Apresentação
Os professores do Colégio Estadual Marco Antonio Pimenta participantes deste curso têm um compromisso de integrar no ensino-aprendizagem  práticas que visam ao combate de todas as formas de preconceito e discriminação, sejam de ordem étnico-racial, sexual, social, entre outras, e que reflitam em nossas relações.
Assim, neste trabalho será apresentado o diagnóstico da equipe multidisciplinar da escola e como ela está se reestruturando para um trabalho que envolva a comunidade escolar. Além traçar metas para a elaboração final do Plano de Ação a ser concluído no final deste curso, conforme desafia a Lei 10.639/2003 que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira em todas as escolas brasileiras, públicas e particulares da Educação Básica.
2.            Diagnóstico
O Colégio Estadual Marco Antonio Pimenta é uma escola de pequeno porte, localizada em um dos bairros da periferia de Maringá, conta aproximadamente quinhentos alunos entre Ensino Fundamental e Médio. Em 2010 foi constituída a Equipe Multidisciplinar do CEMAP, composta pelos seguintes educadores: Antônio Faustino dos Santos – Professor de História, (não está lotado no colégio)  Claudineia Buzo Trevi – Membro da APMF, Dirce Yoko Suzuque Kanawa – Professora de Educação Física, Doralice Ferrarezi - Professora de Língua Estrangeira Moderna - Inglês, (Coordenadora da Equipe Multidisciplinar),  Jocel José de Souza -  Professor de Geografia, (agora diretor), Laura Lopes de Paiva - Língua Portuguesa e Literaturas, Luci Martins Ramos - Professora de Matemática, Márcia de Oliveira – Pedagoga, Maria Anunciata Albanez – Professora de Biologia e Maria Aparecida Ataíde  Zamprônio - Agente educacional. A referida Equipe Multidiscplinar se fragilizou e foi diluída devido aos inúmeros compromissos e afazeres pedagógicos, contudo, o conteúdo foi desenvolvido no decorrer do ano letivo.
Considerando que as relações étnico-raciais e o ensino da história e cultura afro-brasileira são incontestáveis, pois permeiam todas as ações humanas sejam elas no ambiente familiar, social e escolar. Para tanto faz se necessário a implementação de políticas públicas que objetivam uma educação de qualidade para todos e todas. O Colégio tem mais de quarenta anos de existência, suas instalações físicas são bem antigas e precárias, assim a maior solicitação junto a SEED, mantenedora, deste patrimônio público é uma reforma estrutural geral. Embora, com este perfil apresentado, a escola possui excelentes professores, a grande parte lotada no próprio estabelecimento de ensino, fato que facilita um vínculo com o corpo discente e com a comunidade escolar, no geral. Neste ano a escola atingiu um bom índice no IDEB, passou de 3,6  (2009) para 5,0 (2011). Diante das condições estruturais já mencionadas é um avanço positivo, resultado de um esforço coletivo do corpo docente, pedagógico, enfim, de toda gestão escolar.
Quanto à dimensão étnico-racial, o papel da escola é de formação e desenvolvimento de cidadãos reconhecendo a influência da história e cultura africana em relação à cultura brasileira. Dando-lhe o valor merecido no contexto educacional, possibilitando ao estudante a trilhar pelo caminho da cidadania de forma crítica dos condicionantes que determinam a situação que se observa atualmente no Brasil em relação aos afrodescendentes desconstruindo o preconceito e militando ações em prol de uma sociedade a ser construída de forma igualitária, homogênea com estereótipos que povoam a discriminação. É necessário o enfrentamento ao pensamento eurocêntrico, tal enfrentamento precisa ser feito diariamente na comunidade escolar, desconstruindo conceitos e paradigmas pré-concebidos.
Em relação aos pontos positivos da escola, ressalta-se a presença de afrodescendentes e alguns descendentes de indígenas na comunidade escolar: gestores, professores, funcionários e alunos. Existe uma invisibilidade quanto à matrícula de alunos filhos de trabalhadores rurais ou alunos que residem no campo. Um aspecto a ressaltar é de que recebemos muitos alunos oriundos da vizinha cidade Sarandi e que fazem a riqueza da diversidade na nossa Escola.  Além de atividades pedagógicas que contemplam as temáticas na escola: preconceito, racismo, discriminação, relações étnico-raciais, são conteúdos específicos nas disciplinas de Língua Portuguesa, Arte, História e Educação Física. O tema é abordado sempre que surge no meio ambiente escolar, na medida em que vêm à tona as diferenças, contextualizando na contemporaneidade, no resgate da função político-social em denunciar as mazelas da sociedade e humanizar seus membros. Além de fazer as intervenções quando surge caso de enfrentamento ao preconceito, discriminação e exclusão motivados pela desigualdade na relação étnico-racial entre outras na comunidade escolar sejam entre estudantes e educadores no momento em que se fizer necessário.
Por ser muito abrangente a população escolar, ela contempla inúmeras diversidades tais como hábitos, costumes, comportamentos, crenças e valores, alteridade, invisibilidade dos sujeitos, preconceito racial, social, homofobia suscitando com que se tenha uma intervenção mais clara, objetiva e imediata. Buscando superar os apontamentos acima e para implementar as legislações educacionais a respeito (Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, Lei nº 11.645, de 10 março de 2008) os PTD - Plano de Trabalho Docente fazem uso de palestras, vídeos, música, leitura de artigos jornalísticos, estudo de casos e debates, discussões, reflexões, enfim instrumentalizar-nos para transformar nossa prática pedagógica no intuito de desconstruir uma “verdade” e construí-la, conforme os pressupostos estabelecidos de gênero e diversidade na escola. Em relação as atividades desenvolvidas pela escola durante o ano letivo sobre o campo e a temática indígena estas se apresentam permeadas nas abordagens dos conteúdos de lutas/movimentos sociais pela terra e reforma agrária, o trabalho, a cultura e os valores do índio e do homem do campo (jogos / brincadeiras / brinquedos e confecção de adereços indígenas), bem como, as desigualdades sociais e exclusão destes sujeitos.
Contudo, no que diz respeito ao Dia da Consciência Negra, são desenvolvidas diversas atividades tais como: pesquisa bibliográfica, leitura e dramatização de poemas, contos, jornal falado, jogral, análise de filmes/trechos, capoeira e danças a fim de esclarecer a história do Dia da Consciência Negra, como cultura afro-brasileira, a importância da data, e ainda, quem foi Zumbi dos Palmares e o porquê de ser considerado um herói brasileiro com a finalidade de educar os estudantes para o respeito e a valorização da diversidade com o devido respeito. E também, o acompanhamento na realização das atividades de leitura, produção textual e oralidade, segundo a temática abordada.


3.    Plano de Ação
QUANDO
AÇÃO
PÚBLICO
Trabalho contínuo
Durante o ano letivo
Intensificar os estudos e ampliar os membros da Equipe Multidisciplinar da Escola.
Comunidade escolar: gestores, professores, funcionários, alunos, e representantes da APMF
Durante o ano letivo
Conteúdos afins das disciplinas (Diretrizes Curriculares e PTD)
Professores e alunos
Durante o ano letivo
Palestras com membros de entidades/ comunidades indígena, afro/negra e do campo.
Ensino Médio
Durante o ano letivo
Visita a Escola Municipal João Gentilim (Zona Rural de Maringá)
6º ano
Durante o ano letivo
Visita a Aldeia Indígena de Apucarana
7º ano
Durante o ano letivo
Visita a Comunidade Quilombolas ou o local onde os índios ficam em Maringá nas proximidades  da Coca-Cola.

8º e 9º ano
Outubro de 2013
Participação dos cursistas nas atividades e postagens do Blog do colégio
Cursistas
20 de novembro
Dia da Consciência Negra na Escola
Palestras para professores e alunos com foco na Lei 10.639/2003.
Comunidade escolar
Semana de          20 de
novembro
Festival de Filmes afins (Índio, Negro e Campo), além de atividades realizadas pelos alunos. Mostra ou Oficina de Jogos de Tabuleiros (Indígena, Africano e outras etnias/culturas construídos pelos alunos e familiares – Educação Física)
Comunidade escolar
 Dezembro
 Avaliação e encerramento
Cursistas
             

5 comentários:

  1. Olá, pessoal! Apresente sugestões,faça correções... enfim participe! Obrigada! Beijos, Laura

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  2. Laura, precisamos elaborar alguma atividade no dia 20 correto?
    Eu me disponho a organizar uma mostra de filmes/vídeos com o 3º ano (a turma com a sociologia trabalha cultura).
    Como existem muitos, tratando sobre diferentes temáticas, podemos ocupar mais que uma sala fazendo uma mostra cinematográfica.
    Os alunos do 3º ano podem ficar responsáveis por assistir os filmes, escrever sinopses (bem interessantes e convidativas), e confeccionar cartazes para convidar os alunos a participar!
    Não é muito difícil de organizar e os recursos a serem utilizados são poucos! É muito viável!
    Deixo aqui minha sugestão!
    Abraços!

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    1. Oi, Louise! Sugestão bem-vinda! Passe a lista dos filmes que você pretende trabalhar, tenho alguns também. O dialogismo entre Sociologia, História, Literatura será excelente. Obrigada! Beijos,

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  3. Dia 20 de novembro de 1695!
    Morre neste dia um dos maiores líderes quilombolas do Brasil, Zumbi dos Palmares!
    Nesta data, comemora-se não apenas a morte de um líder negro, mas a ressurreição de um ideal de liberdade, igualdade e respeito aos direitos humanos, seja quais forem seus credos e etnias!

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    1. Professor Romeu! Excelente resgate histórico. Valeu Zumbi dos Palmares!!!

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