terça-feira, 12 de novembro de 2013

Religiões Afro-Brasileiras e o uso de plantas medicinais



Colégio Estadual Marco Antônio Pimenta
Aluno(a): ................................................................................................................. 2º ano E.M
ÁREA DE BIOLOGIA
ATIVIDADE
Cultura afro-brasileira
Religiões Afro-Brasileiras e o uso de plantas medicinais
Desde o início da história da humanidade o homem faz uso das plantas e ervas medicinais, onde, as espécies, suas indicações e seu cultivo passaram de geração para geração. Nas últimas décadas, com o avanço da industrialização de medicamentos, houve uma diminuição da prática de tratamento com plantas medicinais. Atualmente, o interesse pela Fitoterapia é crescente, com grande aceitabilidade pela população, o que torna uma importante aliada nos variados tratamentos de saúde.
É cada vez maior o interesse sobre plantas e suas possíveis aplicações terapêuticas. O repertório de plantas usadas tradicionalmente é rico, predominando as formulações vegetais sobre os remédios de origem mineral e animal, também muito difundidos nas práticas da medicina popular brasileira.
A medicina popular e o conhecimento específico sobre o uso de plantas é o resultado de uma série de influências culturais, como a dos colonizadores europeus, dos indígenas e dos africanos. Os descobrimentos e a conquista de novas terras por parte dos colonizadores tiveram diversas conseqüências. Uma delas, talvez a mais notável, tenha sido o fato de que muitas plantas hoje empregadas na medicina popular, foram introduzidas no início da colonização do Brasil. Não só plantas medicinais estiveram envolvidas nesse movimento de plantas entre os continentes, mas também muitas hortaliças.
Ao lado da flora medicinal "colonizadora" ou européia, posicionam-se as plantas medicinais utilizadas pelos indígenas, profundos conhecedores dos recursos das florestas, sejam eles medicinais ou não. De outro lado, logo no início do comércio escravo, o africano ofereceu ao conjunto citado acima sua parcela de colaboração, pela introdução de espécies da África. No entanto, a pressão dos colonizadores fez com que o conhecimento indígena e africano fosse relegado gradualmente ao abandono, proibido de ser exercido, uma vez que muitos consideravam o conhecimento desses grupos como "inferior", "primitivo"; a resistência desses grupos foi revertendo sensivelmente o quadro, ao longo de muitas décadas até os dias atuais.
As pesquisas de medicina popular ou tradicional em todos os seguimentos da sociedade manifestam uma constante vinculação com credos religiosos, principalmente nas religiões de matrizes africanas, onde acontece maior incidência do uso das plantas com propriedades terapêuticas, havendo diversas situações ritualísticas, onde as ervas e plantas desempenham dupla função: a sacral e a medicinal. O uso das plantas medicinais nos rituais afro-brasileiros, segundo alguns pesquisadores, está muito ligado às relações interculturais decorrentes do contato entre os colonizadores portugueses, africanos e indígenas.
Por isso, é comum serem encontrados em muitas casas pequenos canteiros de ervas e plantas medicinais, para serem utilizados nos tratamentos e na cura dos males corriqueiros como dores no estômago, fígado, fraqueza, cortes, doenças da mulher, etc. No atendimento aos portadores dessas enfermidades têm sido receitados remédios fitoterápicos onde são usadas plantas medicinais cultivadas ou adquiridas em feiras e mercados, entre as quais: pariri, mata pasto, manjerona, boldo, erva cidreira, capim limão, hortelã, entre outras.
O uso ritual de plantas no combate às doenças e no restabelecimento da saúde constitui prática comum nos cultos afro-brasileiros, revelando acentuado hábito cultural, com grande rede de influenciasocial
Quase todas as plantas usadas nos rituais religiosos e de cura são as mesmas conhecidas da medicina popular ou tradicional, de todas as camadas sociais, pois, de certa forma, fazem parte da formação cultural do brasileiro, transmitida pelos antepassados e que hoje permanecem na memória daqueles que, em sua medicina caseira, as utilizam.
Neste texto, selecionaram-se algumas dessas ervas ou plantas sagradas para as religiões afro-brasileiras, para conhecermos alguns de seus aspectos botânicos, etnobotânicos e sagrados, fazendo a ligação entre ciência e religião, dois importantes pilares do conhecimento humano. São elas: akoko, ogbó, osibata, rinrin, peregun, teteregun, awurepepe, odundun, makasa, abamodá, erva-de-são-joão, malva-cheirosa, manjericão, levante, erva-de-santa-maria e owu.

Quais os cuidados que se deve ter na hora de preparar medicamentos com plantas medicinais:
  • preparar o medicamento, preferencialmente, com plantas colhidas a pouco tempo;
  • usar apenas plantas que sejam do seu conhecimento; na dúvida consulte alguém mais experiente;
  • não pegar plantas perto de fossas, lixos, esgotos, locais tratados com agrotóxicos e na beira de estradas (porque a fumaça dos veículos pode conter substâncias tóxicas que ficam na planta);
  • não utilizar plantas que estejam mofadas, velhas e com bichos;
  • ter o cuidado de lavar bem a parte da planta a ser usada;
  • no caso de preparar o chá com folhas secas, secá-las à sombra e em locais arejados, pois os raios solares podem eliminar parte das substâncias curativas;
  • quando for utilizar raízes secas, picar em pequenos pedaços antes de secar; após a secagem, guardar em vidro escuros ou caixas bem fechadas, com o nome da planta;
  • não guardar as plantas medicinais por muito tempo, porque elas podem perder a ação medicinal.
  • evite tomar chá feito de um dia para outro; renove sempre a cada 24 horas.

REFERENCIA:
(1) Centro de Cultura Viva das Tradições Afro-Brasileiras (http://www.ftu.edu.br/ftu/centro-de-cultura-viva.html).
(2) Francisco Rivas Neto. O mito de origem: uma revisão do ethos umbandista no discurso histórico. Revista Teologia de Síntese, v. 1, n. 1, p. 11-27, 2010.


Oi...
conforme me pediu estou enviando o texto.
fiz encontro as cegas.... sortiei as equipes (3 pessoas)
depois cada equipe pegou um papel com um dos nomes das plantas escrito nos dialetos africanos... como no final do texto...

abraço
Ade

3 comentários:

  1. Professora Adelirian!

    Oi, Adê! Muito obrigada! Uma sugestão, os alunos poderão comentar a atividade realizada no próprio blog, a maioria gosta. Se quiser, passe o endereço do blog para eles ou que me procurem. Precisamos listar as atividades na temática afro, a equipe deverá elaborar um memorial de todas atividades realizadas. Parabéns! Beijos,

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  2. Oi Laura! Estou acompanhando os trabalhos na medida do possível, acho muito rica essa troca entre os professores das diversas disciplinas. Laura (Língua Portuguesa, Adê (Biologia), Rosângela (Matemática), Ruth (História) e Eliane (Artes). Isso que é trabalho em Equipe! Parabéns meninas!

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  3. Márcia! Pois é, sempre quero mais e mais... Gostaria da interação de todos do CEMAP aqui, principalmente, a Equipe Multidisciplinar. Acredito que chegaremos lá, uma Equipe atuante na prática. Sou grata a Deus por muitas contribuições que recebemos, estamos crescendo...

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